Ameaçada de ser excluída da rota da Copa do Mundo, Curitiba superou a expectativa de todos e deve ser consolidada, após o Mundial, como uma das melhores sedes do principal torneio de futebol do planeta. A Arena da Baixada, alvo de muitas polêmicas nos últimos dois anos, que ficou pronta a tempo para receber as quatro partidas programadas da competição aos 45 do segundo tempo, passou no teste e poucos problemas foram constatados durante a realização dos jogos na capital paranaense.
Apesar do clima de satisfação da Fifa, do Comitê Organizador Local (COL) e dos organizadores da Copa do Mundo em Curitiba, os principais problemas apontados na Arena da Baixada foram constatados na primeira partida, quando Irã e Nigéria empataram sem gols no estádio atleticano. Além de alguns pontos inacabados, a limpeza deixou a desejar na primeira partida do Mundial na capital paranaense.
Além da falta de limpeza, que era obrigação da CAP S/A e só não foi cumprida pela falta de recursos, ocorreram alguns problemas hidráulicos em diversos sanitários. Enquanto em alguns banheiros faltava água, em outros vazamentos foram detectados. Também durante os jogos, alguns torcedores reclamaram das longas filas nas lanchonetes e da falta de alguns produtos ainda no intervalo das partidas.
O gramado da nova Arena da Baixada, apesar de estar visualmente em condições, não agradou as equipes que atuaram no estádio. Com algumas falhas e com tufos de grama se soltando durante as partidas, o campo de jogo foi comparado, inclusive, a uma plantação de batatas pelo jornal Marca, da Espanha. Em alguns pontos do estádio também foram constatados pontos cegos, onde torcedores, com ingressos atrás dos gols, conseguiam acompanhar as partidas visualizando somente uma parte do gramado.
| Rodrigo Sell |
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| Torcida deu show nas arquibancadas da Arena da Baixada. |
Sucesso
Por outro lado, além da beleza do novo caldeirão atleticano, que era admirado pelos espectadores e pela misturas de povos que invadiu Curitiba nos últimos dias, pontos positivos foram somados. A acessibilidade à Arena da Baixada, assim como a mobilidade dentro do perímetro de segurança, sobretudo com a participação constante dos voluntários, foi um dos pontos altos do novo estádio. A área de tecnologia da informação, como o uso de telefonia móvel e de internet, não registrou problema, principalmente pela disponibilização de antenas de Wi-Fi em grande parte do Joaquim Américo. Pequenos tumultos foram bem controlados pela segurança e, em casos de atendimentos médicos, as equipes de plantão trabalharam com agilidade sem grandes transtornos.
Com um gosto de quero mais e sem ter a oportunidade de receber partidas decisivas da Copa do Mundo, representantes dos poderes estadual e municipal consideram que Curitiba foi um sucesso neste Mundial. “Deu tudo certo e foi um sucesso total. O sentimento é de dever cumprido e finalizamos a Copa em Curitiba com bastante entusiasmo. A Copa é de todos e quem está de parabéns é o povo curitibano, que recebeu muito bem os turistas, que saíram elogiando muito a cidade. Quem ganhou foi o povo curitibano”, ressaltou o secretário municipal da Copa, Reginaldo Cordeiro.
Para o coordenador-geral estadual da Copa do Mundo, Mário Celso Cunha, a participação de Curitiba nos quatro jogos do Mundial superou as expectativas. “Tudo ocorreu bem e até superou as nossas expectativas. Alguns problemas constatados nos primeiros jogos procuramos resolver e tivemos sucesso na realização das partidas da Copa do Mundo na Arena da Baixada. Estão todos de parabéns”, arrematou Cunha.