Uma vitória cirúrgica – é esse o melhor resumo para Paraná x CRB. O triunfo do Tricolor por 2×0, na noite desta segunda-feira (14), na Vila Capanema, não só marcou a volta da equipe à liderança da Série B do Campeonato Brasileiro. Mas também mostrou como o Paraná Clube se transformou com o retorno de Renan Bressan. Com o camisa 10 em campo, a equipe fica mais confiante e passa a ser mais confiável.

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Com uma campanha muito sólida após um quarto de competição, o Tricolor se posiciona em definitivo como candidato ao acesso para a primeira divisão. E mesmo com um jogo a mais, começa a abrir uma distância bastante interessante de outros postulantes à Série A: quatro pontos para a Chapecoense, cinco para o Operário e 12 para o Cruzeiro.

Os times

Tudo girava no retorno de Renan Bressan. Com ele em campo, de volta ao time titular, o Paraná Clube se remontava. Apesar de ter extremas que não vinham produzindo ofensivamente (Gabriel Pires pela direita e Marcelo, substituindo Andrey, na esquerda), a presença do camisa 10 daria equilíbrio ao Tricolor, além de abrir uma variedade de possibilidades técnicas que fizeram falta principalmente na derrota para o Vitória na semana passada.

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Tirando as entradas de Bressan e Marcelo, o Paraná seguia com a mesma base. Allan Aal teve tempo para treinar, os jogadores conseguiram descansar. E, tão importante quanto, o período entre o jogo com o CRB e o seguinte, diante do Brasil de Pelotas, será de 12 dias. Portanto, era uma partida em que se podia partir pra cima sem aquela preocupação do desgaste excessivo pela sequência de partidas. Isso poderia dar um outro ritmo ao jogo desde o apito inicial.

Paraná x CRB: bola rolando

Havia uma grande diferença no Tricolor neste Paraná x CRB. Não havia um desafogo, papel que Andrey faz normalmente e Guilherme Biteco quando o titular não chegou. Marcelo tem um perfil diferente, não de abrir o jogo, alargar o campo, mas de fechar, buscar a jogada em diagonal. O papel sobrava para os laterais, e Paulo Henrique e Jean Victor tinham que buscar a linha de fundo. Justamente diante de um adversário com fragilidade nos lados.

Nessa, Claudinei acertou o ossinho do tornozelo do Bressan. Foto: Albari Rosa/Foto Digital
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Após um início cauteloso, os alagoanos foram aos poucos se soltando. Com um time bem experiente (Gum, Claudinei, Moacir, Léo Gamalho), o CRB não tinha pressa para jogar. Como o Paraná centralizava muito o jogo, a marcação adversária não tinha tanto trabalho. E Bressan sempre tinha alguém a persegui-lo, quando não dois marcadores. Nessa toada, passamos dos 30 minutos com apenas um chute na direção do gol – uma falta cobrada por Fabrício defendida por Victor Souza.

O jogo esquentou depois, com Marcelo acertando o travessão na sua melhor jogada na partida – e pela ponta. E logo depois, na falha da defesa do CRB, Fabrício teve calma para dominar e aproveitar o gol vazio para abrir o placar. Agora os visitantes teriam que sair da lentidão, abrindo espaços para os contra-ataques tricolores.

Parte final

Outra trapalhada da defesa do CRB decidiu o jogo. Mal tinha começado o segundo tempo e a bola foi entregue por Reginaldo Júnior para Renan Bressan. Dele para Bruno, que escorregou na hora do chute, mas a bola sobrou para Higor Meritão fazer 2×0. O Paraná Clube voltava a ser eficiente com a volta do seu camisa 10 – e, nesse caso, era mais uma questão psicológica, porque ter o melhor jogador em campo traz confiança aos outros atletas.

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A vantagem trouxe conforto ao Tricolor, que conseguia conter os avanços alagoanos. Até pela tranquilidade, Allan fez uma alteração precoce para seus parâmetros (e depois só fez mais duas nos acréscimos) – sacou Bruno Gomes e promoveu a estreia de Léo Castro. Mas o atacante acabou tendo poucas chances porque os donos da casa nem precisaram acelerar o jogo, porque o CRB era inofensivo. Assim o Paraná conseguiu até se poupar nos minutos finais, garantindo a vitória que lhe recolocou na ponta da Segundona.