Flamengo x Athletico: agora, Furacão tem foco total no Campeonato Brasileiro

Flamengo x Athletico
Wellington e Abner na marcação de Gerson. Flamengo x Athletico foi mais um jogo de grande atuação do camisa 8 carioca. Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

Era difícil mesmo virar este Flamengo x Athletico. Na noite desta quarta-feira (4), o Furacão foi derrotado por 3×2 no Maracanã e foi eliminado da Copa do Brasil. O resultado deixa o clube com seu foco total na sequência do Campeonato Brasileiro, com o jogo pra lá de decisivo deste sábado (7) contra o Fortaleza, na Arena da Baixada. E com muita coisa para o diretor técnico Paulo Autuori arrumar na equipe.

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Apesar de uma falha grave da arbitragem no primeiro tempo, o Athletico errou muito. O sistema defensivo foi mal mesmo com os retornos de Thiago Heleno e Pedro Henrique, e as escolhas do treinador para o início do jogo e nas substituições não foram corretas. São falhas que não podem mais ser cometidas na sequência de partidas até as oitavas de final da Libertadores. Diante de Fortaleza, Goiás e Santos, o Furacão tem que melhorar bastante.

Flamengo x Athletico: os times

Paulo Autuori fez escolhas. A primeira foi tirar da delegação Márcio Azevedo, Léo Cittadini e Nikão. Eles ficaram em Curitiba se recuperando fisicamente para a partida de sábado. A segunda foi apostar em uma espinha dorsal bastante experiente. Santos, Thiago Heleno, Wellington, Lucho González, Carlos Eduardo e Walter, todos com rodagem internacional, estavam no time titular. Era uma equipe mais ‘cascuda’, como gosta de dizer o delegado Antônio Lopes.

Everton Ribeiro em vantagem sobre os veteranos do Furacão. Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

Quer dizer, até o aquecimento, quando Walter sentiu e deu lugar a Fabinho. O Athletico seria um time com três velocistas na frente. E precisaria também, caso quisesse tirar o Flamengo da zona de conforto, reprisar a estratégia do segundo tempo do jogo de ida na Arena. Pressionar a marcação, atacar a saída de bola carioca, mas ser mais eficiente na hora de finalizar. Sem ser pressionado, tendo campo para jogar e conseguindo fazer a bola passar por Gerson e Everton Ribeiro, os donos da casa seriam ainda mais perigosos.

Bola rolando

Sem Walter, Carlos Eduardo e Lucho González passavam a ser os jogadores mais adiantados do Athletico. A postura inicial foi de pressionar a saída de jogo flamenguista. Quando tivesse a posse de bola, o Furacão tentaria acelerar. Mas, na marcação, todo mundo tinha que voltar. Essa estratégia impedia os cariocas de jogarem ao seu estilo, mesmo que ficasse muito tempo com a posse de bola.

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Só faltava atacar. Metade do primeiro tempo tinha passado e o Rubro-Negro não tinha sequer passado perto de ameaçar o gol de Hugo Souza. E é aquela história: se o Flamengo tivesse uma chance, seria fatal. E Pedro foi mais uma vez fatal – o centroavante tem uma facilidade absurda para finalizar, e mandou na gaveta. Logo depois, a dividida de Léo Pereira com Carlos Eduardo provocou a costumeira confusão do VAR, com o pênalti sendo marcado (lance que também provocaria a expulsão de Léo) mas depois cancelado.

Pedro comemora seu primeiro gol. Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

O Furacão estava indignado com a arbitragem. E com razão. Não com o pênalti, mas com o lance em que Carlos Eduardo corta o chute de Hugo Souza e Rodrigo D’Alonso Ferreira deu uma falta inexistente. Uma jogada que muda a história da partida, pois logo depois Pedro fez o segundo dele.

Segue o jogo

Com a situação mais complicada, Autuori tomou outras decisões. A saída de Lucho ainda na etapa inicial foi claramente para preservar o veterano – entrou Ravanelli, pela primeira vez com mais de 30 minutos para jogar. E o Athletico passou a ser mais agressivo. Marcando lá em cima, Erick roubou de Gerson e fez um golaço. Um recado e tanto pra lembrar o treinador que o camisa 26 precisa jogar de volante, e não de lateral.

Na volta para o segundo tempo, o Flamengo tentou manter mais a bola no campo de ataque. As chances de contra-atacar ficaram mais raras, e dependendo de Reinaldo e Ravanelli. Paulo Autuori sacou o apagado Fabinho para colocar Guilherme Bissoli. Foi um momento em que o Furacão passou a ter mais posse de bola, mas finalizando pouco – o melhor lance tinha sido uma cabeçada de Thiago Heleno defendida por Hugo Souza.

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Faltando 15 minutos para o final do tempo regulamentar, o treinador atleticano tentou dar sangue novo, mas colocando dois volantes (Richard e Alvarado) e um meia (Christian). Com mais gente para marcar do que para criar, o Rubro-Negro sofreu um gol – anulado pelo VAR – e depois sofreu outro, de Michael, esse validado. Numa bela jogada, Guilherme Bissoli afastou a zica para definir o placar. Mas Flamengo x Athletico e a Copa do Brasil já eram passado. A atenção agora é toda para o Fortaleza.