Crédito para finalizar Arena ainda corre risco

A Agência de Fomento do Paraná e a Secretaria de Estado do Planejamento e Coordenação Geral farão, a partir de semana que vem, uma ação conjunta para viabilizar novos recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a conclusão das obras de reforma e ampliação da Arena, que está programada para receber quatro jogos da Copa. O novo pedido de uma linha de crédito especial servirá para capitalizar o Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE), que é gerenciado pela instituição financeira estadual.

Com esses novos recursos do BNDES para capitalizar o FDE, a Agência de Fomento do Paraná poderá viabilizar um novo financiamento para que a CAP S/A possa ter dinheiro em caixa para concluir a tempo a Baixada para receber os jogos da Copa. Esse novo contrato deverá ser firmado nos mesmos moldes dos outros acordos entre o clube e o banco estadual, estando a liberação dos recursos condicionada às garantias dadas pelo Atlético para concluir a operação financeira, já que os poderes estadual e municipal já rechaçaram qualquer possibilidade de injeção de dinheiro público para a conclusão do estádio.

As garantias que deverão ser dadas pelo clube para garantir a liberação dessa nova linha de crédito ainda não foram definidas. Alguns recebíveis da Arena deverão estar entre as garantias. Uma delas pode ser o contrato de naming rights que o clube pretende fechar em breve. O clube quer R$ 15 milhões por ano pelo nome do estádio, que só poderá ser usado após a realização do Mundial. O primeiro jogo do Furacão na Arena será em setembro, já que o clube cumprirá punição de perda de nove mandos de jogos imposta pelo STJD.

Entretanto, de acordo com a Agência de Fomento do Paraná, o valor desta nova linha de crédito será superior a R$ 65 milhões, que é o valor excedente da reforma do estádio atleticano caso o último orçamento passado pelo clube de R$ 319 milhões seja auditado e aprovado. Isto porque os recursos da capitalização deverão atender também projetos de interesse do Governo do Estado, já que o FDE ficou comprometido com os outros contratos firmados entre a CAP S/A e a Agência de Fomento do Paraná.

Por ser um valor alto, o trabalho dos técnicos da Fomento e da Secretaria Estadual de Planejamento demandará tempo. A expectativa é que, caso a solicitação no BNDES seja atendida, os recursos devem chegar aos cofres do Atlético em meados de março. Porém, isto não deverá atrapalhar o andamento das obras. Assim, com a sinalização positiva da liberação dessa nova linha de crédito, a CAP S/A, em conjunto com o comitê gestor, deverá aumentar o contingente no canteiro de obras, podendo chegar a 1500 operários.