Coxas querem Ceni no gol, paranistas, Alex na zaga e Dago levaria Nilmar no ataque

Para os goleiros do Coritiba, o técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, não teve dificuldades para definir quem poderá defender as redes do Brasil na Alemanha. Dida, Rogério Ceni e Júlio César são unanimidade entre seus colegas do Coxa.

Na opinião dos arqueiros alviverdes, a presença dos três na lista de convocados, que será divulgada hoje, está garantida. ?O Parreira está tendo coerência e não vai fugir desses três nomes?, acredita Kléber, o atual titular do Coritiba.

No CT da Graciosa, também não existe dúvida sobre quem será o dono da camisa 1 brasileira na Copa do Mundo. ?O Dida merece, por tudo que vem fazendo no Milan. É muito difícil para um goleiro brasileiro ser titular de um grande clube da Europa?, afirma Artur, que perdeu a posição para Kléber ao sofrer uma fratura no rosto.

O desempenho de Dida no clube italiano também é destacado por Rodrigo Café, reserva imediato de Kléber durante a ausência de Artur. ?Está na hora dele. Ele já esperou muito por essa oportunidade e vem fazendo um grande trabalho na Itália?, destaca Café.

Para a reserva de Dida, quem tem a preferência dos coritibanos é o goleiro-artilheiro do São Paulo.

?O Rogério é impecável no São Paulo e conseguiu se recuperar na seleção.

Acho que ele merece muito estar na Copa?, avalia Kléber.

Rogério é apontado como o herdeiro da vaga de Marcos, que sofre com seguidas contusões no Palmeiras.

?O Parreira gosta de manter uma seqüência. Por isso o Marcos corre perigo de ficar de fora, já que sua condição ainda é uma incógnita. Normalmente, a vaga seria dele, que foi o titular em 2002?, afirma Kléber.

Júlio César é apontado como uma aposta para o futuro. ?Ele está sendo preparado para a Copa que vem?, diz Kléber. ?O Júlio César é um goleiro jovem e já conseguiu chegar a um clube como a Inter de Milão. É um nome certo para a Copa de 2010?, destaca Artur.

Outros goleiros também mereceram elogios dos colegas do Coxa. Mas devem esperar mais um pouco pela chance de defender o Brasil em um Mundial. ?O Gomes (do PSV) deve ter mais chances depois da Copa. Também acredito muito no Fábio (do Cruzeiro)?, finaliza Kléber.

Rubro-negros pedem  Fred no ataque

Rodrigo Sell

Os jogadores do Atlético se dividem quando o assunto é seleção brasileira. O goleiro Cléber defende Júlio César como reserva imediato de Dida. O lateral Ivan, do Rubro-Negro, pede Júnior, do São Paulo. Já o atacante Dagoberto radicaliza, mas adota a mineirice para ?levar? Nilmar, do Corinthians, e Fred, do Lyon, da França. Confira as declarações dos três jogadores do Atlético.

?Tenho certeza que dois goleiros já estão na Copa: Dida e Júlio César. O Rogério Ceni é um grande goleiro, mas levaria o Dida, o Júlio César e o Marcos porque eles há muito tempo já vêm sendo convocados?, diz o goleiro Cléber.

?Pelo que eu estou acompanhando, o Júnior está numa grande fase. Então, neste momento, eu levaria o Júnior, porque está numa grande fase, vem fazendo grandes jogos pelo São Paulo. Claro, primeiro o Roberto Carlos, depois o Júnior?, disse Ivan.

?Todos são muito bons.

O Nilmar e o Fred estão passando por um excelente momento e é uma dor de cabeça para o Parreira. Eu queria estar ali disputando uma posição, mas infelizmente nem sempre na vida as coisas acontecem como você quer e vamos torcer para que ele possa tirar o melhor. Por jogar com o Nilmar e por ser muito amigo, eu escolheria ele, mas o Fred está passando por um momento maravilhoso também?, avalia Dagoberto.

?Brasil precisa do paredão Alex?

Irapitan Costa

Nas últimas competições, o Paraná Clube vem se notabilizando por ter defesas sólidas, capazes de sustentar a pressão de equipes mais qualificadas. Na última edição do Brasileirão, Flávio foi o goleiro menos vazado tendo à sua frente Daniel Marques, Marcos e Aderaldo. Peças foram trocadas, mas o novo trio, formado por Gustavo, Émerson e Neguete, garantiu a defesa mais eficiente do estadual e o prêmio foi o título. Com a chegada de Edmilson, o time buscou solidificar mais o setor, que é comandado pelo experiente Émerson, que teve uma breve passagem pela seleção, há seis anos.

Com Gustavo sendo uma promessa e Edmilson tendo uma condição estável na carreira, o ?paredão? analisa a condição da zaga do Brasil para a Copa. Para os jogadores, uma unanimidade: Alex (ex-Santos e atualmente no PSV, da Holanda). Preterido por Carlos Alberto Parreira, que confirma sua lista hoje, o jovem zagueiro seria não só convocado, mas titular da seleção, para Émerson. ?Ele é o grande injustiçado?, dispara Émerson, que se fosse o técnico escalaria Alex e Juan no setor. Quando o assunto é esquema tático, Émerson é enfático. ?A atual equipe não pode jogar no 3-5-2.?

Isso por conta do ?cansaço? dos alas Cafu e Roberto Carlos. ?Eles não têm mais a explosão de antigamente. Por isso, a estratégia mais segura, tendo dois laterais e não alas, é com dois zagueiros?, justificou Émerson. Já o jovem Gustavo vê outro motivo para a seleção atuar com apenas dois defensores. ?Há muita qualidade do meio para a frente. Então, é normal que um zagueiro seja sacado, para que o time possa contar com pelo menos quatro jogadores ofensivos?, comentou. Gustavo, 24 anos, também já esteve cotado para a seleção sub-20.

?Fui pré-relacionado pelo Ricardo Gomes. Mas, ficou só nisso. Quem sabe, no futuro…?, diz o jogador, que entende ser normal que cada atleta alimente o sonho de ser convocado. Gustavo foi o único a citar, entre os cinco ?convocáveis? o zagueiro Edu Dracena (Cruzeiro), com quem atuou no Guarani. ?Ele joga muito?, disse o zagueiro paranista. O único a questionar o esquema tático foi Edmilson. Se fosse técnico, escalaria a seleção no 3-5-2. ?Entendo que os laterais já não são mais tão ofensivos. Mas gosto do sistema com três zagueiros?, comentou.

Os defensores paranistas acreditam que na hora que a seleção pisar no gramado do Estádio Olímpico de Berlim, no dia 13 de junho, na zaga não haverá surpresas. Estarão perfilados, lado a lado, Lúcio e Juan. ?O Parreira não gosta de surpresas?, disse Émerson. Com três jogos com a ?amarelinha?, o zagueiro tricolor garante que não tem uma frustração na sua carreira por não ter disputado uma Copa do Mundo.

?Jogar pela seleção é algo mágico. Nada paga o preço de estar lá. Mas, sei que fui pego num momento de transição, quando Vanderlei estava de saída?, recordou. Émerson recorda que dos zagueiros chamados por Luxemburgo em 2000 – ele, Aldair, Roque Júnior e Antônio Carlos – apenas Roque Júnior ?emplacou? no mundial da Coréia do Sul e do Japão.

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