A vaga na Libertadores é o presente que a torcida do Coritiba quer no ano do centenário. Depois de ver o maior rival faturar o Paranaense, a galera coxa não aceita ver o ano histórico passar em branco e sonha ver o time pelo menos entre os quatro melhores do Brasil.
Com a estreia no Brasileirão hoje à tarde, o sentimento coxa-branca é de expectativa e um certo otimismo. É o que o Paraná-Online constatou ao ouvir dois torcedores e um antigo craque alviverde: o meia Tostão, ídolo no final da década de 1980.
Para Tostão, falta pouco para o Coxa estar pronto para a briga pelo título. “O time já tem uma estrutura, que vem desde o ano passado. Mas precisa qualificar um pouco mais. Se o Marlos e o Rodrigo Mancha ficarem e vierem mais um ou dois bons nomes, estará muito forte”, avalia.
O advogado Bernardo Guimarães, 30 anos, acredita que o clube está no caminho certo para uma boa campanha. “A diretoria fez um bom investimento. Trazer um jogador como o Marcelinho Paraíba mostra comprometimento com o centenário. Mas o time ainda é irregular e perdeu o estadual por isso”, alerta.
Marcelo Albuquerque, empresário de 29 anos, está um pouco menos confiante, mas acredita que o Cori pode chegar lá. “Maus resultados contra Iraty e Nacional deixaram a torcida preocupada. Mas com alguns reforços e o trabalho do René Simões, podemos buscar a vaga na Libertadores”, aposta.
Professor
A volta do treinador que levou o Coxa ao título da Série B, em 2007, é o que mais alimenta o otimismo alviverde. “Ele conhece o plantel e tem amizade com a diretoria. Fica à vontade para trabalhar. A motivação que deu ao time já na chegada foi impressionante. Isso será importante ao longo da campanha”, afirma Tostão.
“Não acho o melhor dos treinadores”, pondera Bernardo. “É mais um motivador do que um grande estrategista. Mas a diretoria está preocupada em satisfazer a vontade da torcida e a vinda do René demonstrou isso”, aponta.
Dupla da peste
A Paraíba nunca esteve tão em alta no Couto Pereira. A dupla Carlinhos e Marcelinho é a grande aposta e esperança da galera coxa para o Brasileiro. “Eles podem desequilibrar. O Carlinhos é um grande armador, que ajuda também na marcação. E o Marcelinho é um craque, um toque de classe no ataque”, diz Marcelo.
“Este pode ser o ano do Marcelinho Paraíba”, arrisca Tostão. “Aqui, sem aquela pressão que há nos clubes do Rio ou de São Paulo, ele terá mais tranqüilidade para mostrar seu futebol e tem tudo para ser o destaque do campeonato”, ressalta.
No topo
Com o equilíbrio apontado como uma das características do campeonato, ninguém duvida do potencial do Coxa. “O título é difícil. Para mim, o São Paulo ainda é o maior favorito. A vaga na Libertadores é uma expectativa mais realista e seria um ótimo resultado”, afirma Bernardo.
Tostão também aposta em uma boa campanha alviverde. “Todo mundo falava que nosso estadual é fraco e faltava qualidade. Mas o Atlético enfrentou o Corinthians e mostrou que não. Está tudo muito equilibrado. O Coritiba pode surpreender”, conclui Tostão.