Caminhos abertos

Pastana chega ao Coritiba prometendo time experiente já pro Paranaense

Pastana foi apresentando nesta segunda-feira (20). Foto: Albari Rosa

“2019 para o futebol do Coritiba começa oficialmente hoje”. Foi assim que o presidente Samir Namur, em meio à crise política instalada nos últimos dias, abriu a coletiva de apresentação do novo diretor de futebol do clube, Rodrigo Pastana, na tarde desta terça-feira (20), no Couto Pereira. A contratação do novo homem forte do futebol significa uma mudança radical no planejamento do clube que, no ano que vem, terá que fazer mais com menos, já que terá sua receita de televisão diminuída em quase quatro vezes.

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O Coxa, para ter um ano diferente, quer provar que aprendeu com os inúmeros erros cometidos na atual temporada. Argel Fucks teve seu contrato renovado e, assim, o time terá um comandante mais experiente para iniciar o ano em relação ao treinador que começou os trabalhos no ano passado, Sandro Forner. A ideia é também de já montar um time competitivo para buscar o título do Campeonato Paranaense e que precise de poucos ajustes e peças para a disputa da Série B do Campeonato Brasileiro.

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A estratégia é diferente da deste ano, quando a diretoria alviverde usou o Estadual apenas para laboratório. Utilizou, na sua maioria, jogadores das categorias de base e demorou para iniciar o processo de montagem para a disputa da Segundona. O resultado foi visto em campo, com um futebol de baixa qualidade e de muitas dificuldades para figurar na metade de cima da classificação.

“A gente aprende com os erros. Esse ano, a nossa ideia é montarmos um time forte logo no início para, que depois do Paranaense, você tenha que completar apenas. Um time se faz forte com pelo menos 18 atletas. Tem um aproveitamento de boas novidades na base que já jogaram esse ano e olhar para o mercado sempre. O Coxa sempre está aberto ao mercado e às oportunidades”, afirmou Pastana.

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Ele garantiu um Verdão mais forte para a temporada de 2019. “A gente fala que não são 11 que fazem um time e sim 18. Desses 18, temos mais 10 ou 12 que completam e formam o elenco. O que nós garantimos ao torcedor é que teremos um time muito forte, capacitado para ganhar o Paranaense, para disputar as primeiras fases da Copa do Brasil e passar de fase. É ter um time forte, um elenco forte para um campeonato tão longo como a Série B. Iniciaremos todo o processo com os jogadores que farão parte da Série B o ano todo”, reforçou o novo diretor de futebol alviverde.

No ano passado, Rodrigo Pastana conseguiu levar o Paraná Clube ao acesso à primeira divisão. Alcançar esse tão almejado objetivo pelo Coritiba com uma receita inferior a deste ano será um desafio. O objetivo final pode até ser o mesmo, mas o dirigente destacou a características diferentes dos cenários dos dois clubes.

“Aqui existe uma base, um elenco que nós estamos ainda conversando quem fica e quem sai. Claro que é um grande desafio, não só para a formação do elenco, mas também para que toda a estrutura tenha um bom ambiente de trabalho, com os departamentos integrados. Isso é fundamental para o processo”, avisou Pastana.

O presidente Samir Namur apontou que a falha na montagem do elenco com jogadores com perfil de Série A foi um dos principais erros do Coritiba em 2018. A falta de um profissional capacitado e que entendesse o estilo de jogo da segunda divisão acabou sendo determinante para o time não conseguir voltar à elite. “Trouxemos uma grande quantidade de atletas com perfis de Série A e demandava outro perfil, com mais força física, mais bolas aéreas. Era perfil do diretor corrigir isso mais especificamente”, alertou o mandatário coxa-branca.

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Rodrigo Pastana deve ter seguidas reuniões com o técnico Argel Fucks para montar o elenco desta temporada. Apesar de o treinador gostar de jogar com times mais reativos, que atuam em transição, o diretor de futebol viu o Coritiba se apresentar de uma forma diferente.

“Não conversamos sobre isso. Apesar do Argel ter uma característica, aqui no Coxa ele apresentou outro modelo, de proposição de jogo, principalmente em casa. De jogar, de jogar bem agressivo, marcar na última linha. Pelos nomes que conversamos, a ideia continua sendo essa”, concluiu Pastana.

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