Pedreira atrás de pedreira

Pachequinho supera falta de tempo e encara nova ‘decisão’

A derrota para o América-MG no último sábado, só não colocou o Coritiba na zona de rebaixamento graças às derrotas de Botafogo e Cruzeiro. Porém, o Coxa parou nos oito pontos, mesma pontuação dos quatro times que no momento se encontram na zona da degola. Até por isso, o confronto contra o Internacional, amanhã, às 21h30, no Couto Pereira, se torna uma decisão. Mais uma desde que Pachequinho assumiu o comando da equipe.

Desde que o auxiliar virou treinador, já foram quatro partidas. Em duas delas, assim como será amanhã, enfrentou equipes que brigavam pela liderança (Corinthians e Palmeiras). Nas outras, adversários diretos na briga contra o rebaixamento (Sport e América-MG). O saldo, até aqui, não é dos melhores: uma vitória, um empate e duas derrotas.

Um novo tropeço, em casa, tem grandes chances de colocar o Alviverde entre os quatro últimos colocados. Além disso, deixará a torcida ainda mais na bronca, transformando o ambiente em uma panela de pressão prestes a explodir. Porém, Pachequinho, embora na curta carreira como treinador, tem experiência de sobra para lidar com esta situação. Mesmo diante do vice-líder.

Em 2015, quando assumiu a bronca no lugar do demitido Ney Franco, o comandante coxa-branca tinha apenas cinco jogos para livrar o Coritiba do rebaixamento (exatamente o número de partidas que completará esse ano contra o Colorado). Pelo caminho, teria o futuro campeão brasileiro, um time que brigava por G4 (Santos), um com remotas chances de ficar entre os quatro primeiros, mas finalista da Copa do Brasil (Palmeiras) e dois concorrentes contra a degola (Goiás e Vasco). Uma situação muito semelhante com a atual.

Conseguiu três vitórias, um empate e uma única derrota, justamente para o Corinthians e em situação bem parecida com a que acontece duas semanas atrás. Ou seja, se ganhar amanhã, pode equilibrar esses números e recuperar a confiança do elenco.

A grande diferença para a temporada passada é o tempo para trabalhar. Em 2015, Pachequinho assumiu o Coxa nas rodadas finais, quando os jogos só acontecem nos finais de semana. Assim, teve tempo para testar jogadas e corrigir erros. Algo que agora ele não tem. Com partidas seguidas, os treinamentos são basicamente na base da conversa. Tanto que rodada após rodada, tanto ele, quanto os jogadores, reforçam que o time precisa melhorar defensivamente e parar de cometer falhas. Mas chega o jogo seguinte e os mesmos problemas se repetem.

Para este duelo contra o Internacional, serão três dias de treinamentos. Em meio a erros e a desfalques, resta saber se será o suficiente para encarar o vice-líder e dono da melhor defesa da competição.

Palpites do Adriano! Veja mais sobre o futebol paranaense na coluna do Mafuz!