Um time sob pressão. Não deveria ser assim, mas é como o Coritiba chega para a semifinal deste domingo (23) contra o Cianorte, às 16h, no Couto Pereira. O Coxa precisa vencer por dois gols de diferença para chegar à final do Campeonato Paranaense, objetivo que os próprios jogadores e a diretoria tomaram como obrigação neste primeiro semestre. Uma vitória por um gol de diferença leva a decisão para os pênaltis, e um empate ou uma derrota classificam o Leão do Vale pela primeira vez para uma final de Estadual.

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A pressão por resultados – na verdade, por um resultado – foi criada pelo próprio Coritiba. É fruto das decisões que o clube foi tomando durante a temporada. Quer dizer, começou ano passado, quando antecipou as férias dos titulares e perdeu a vaga na Copa Sul-Americana. Depois, numa “parceria” com o Atlético, o Cori decidiu abdicar da disputa da Primeira Liga, que pelo menos poderia lhe dar visibilidade, mídia e dinheiro. Veio depois a vexatória eliminação em casa na Copa do Brasil para o ASA, e o Coxa se viu fora dos três torneios nacionais e continentais do primeiro semestre. Ficou sem dinheiro, sem projeção e sem aparecer na TV.

Após a eliminação para o ASA e a derrota para o time reserva do Atlético no Campeonato Paranaense, os jogadores mais experientes do Coritiba vieram a público afirmar que tinham prometido ao presidente Rogério Portugal Bacellar que seriam campeões paranaenses. E, sob o comando de Pachequinho, o time conseguiu uma arrancada de uma posição intermediária para o segundo lugar na primeira fase. Eliminou o Cascavel sem sustos, passando com duas goleadas. Mas veio o Cianorte e uma má atuação levou o Coxa a ser derrotado para a sensação do Estadual.

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Aí voltou toda a pressão, e agora concentrada nestes 90 minutos. Não à toa Pachequinho trabalhou muito nesta semana a tranquilidade do elenco, para que o Coxa tenha “inteligência” em campo. “De qualquer forma, temos que ser inteligente. Não podemos só querer atacar, deixar nosso setor defensivo vulnerável. Dentro do Couto, temos que nos impor, fazer nosso jogo, que é um jogo para frente, mas com preocupação porque o Cianorte é muito rápido nos contra-ataques”, explicou o técnico interino alviverde.

Pacheco é outro personagem desta tarde. Envolvido pela falta de convicção da diretoria do Coritiba, ele ainda não sabe seu futuro no clube. Se será efetivado como técnico para o Campeonato Brasileiro, se retornará ao seu posto de auxiliar, se prosseguirá como interino até que a cabeça de algum cartola se clareie… Mas, com pós-graduação em Coxa, o treinador consegue estar totalmente focado no Cianorte. “O resultado é a vitória, é isso que temos que buscar. E quando você decide em casa, você tem essa obrigação e responsabilidade”, completou.

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A escalação alviverde ainda não está definida. Depende da utilização ou não de Alan Santos. O volante teve problemas musculares e está ainda em tratamento intensivo para que possa jogar. Caso não tenha condições, Edinho, Tiago Real, Henrique Almeida e até Matheus Galdezani disputam uma posição, já que alguém terá que sair para que Kléber, artilheiro do Paranaense, possa voltar ao time. O Gladiador gera preocupação no adversário. “Nós fizemos uma vantagem boa, mas pequena. E com a volta do Kléber, temos que ficar ligados. Ele não pode ficar sozinho dentro da área, se não ele faz”, resume Léo Gago, destaque do Cianorte.

Ficha técnica

PARANAENSE
Semifinal – Jogo de volta

CORITIBA x CIANORTE

Coritiba
Wilson; Rodrigo Ramos, Werley, Walisson Maia e William Matheus; Edinho (Alan Santos), Anderson e Tiago Real; Iago, Kléber e Henrique Almeida.
Técnico: Pachequinho

Cianorte
João Gabriel; Jackson, Breno, Maurício e David Luís; Jovany, Léo Gago, Eduardinho, Lucas Pará e Rafael Xavier; Vinícius.
Técnico: Marcelo Caranhato

Local: Couto Pereira
Horário: 16h
Árbitro: Leonardo Sígari Zanon
Assistentes: Bruno Boschilia (Fifa) e Luiz Henrique de Sousa Santos Renesto