Ney Franco reencontra equipe que o projetou como treinador

Desconhecido para os torcedores em geral até ser “emprestado” pelo Cruzeiro, o técnico Ney Franco reencontra no sábado o Ipatinga, ou como ele diz o seu “cartão de visitas” para o futebol brasileiro.

Foi no interior de Minas Gerais que o ex-treinador das categorias de base da própria Raposa e do Atlético-MG decolou na carreira e pulou direto para o Flamengo antes de passar pelo Atlético-PR, Botafogo e chegar ao Coritiba em meados do ano passado. Agora, mesmo estando no primeiro time de profissionais da área, Ney pede respeito ao adversário mesmo que o adversário esteja na ponta oposta da tabela.

“Assumiu o Márcio (Bittencourt) e coincidentemente é o terceiro jogo que a gente pega com treinador assumindo, foi assim contra o Vila Nova-GO (Roberto Cavalo) e agora com o Márcio (Araújo) no Bahia. A gente sabe que isso de repente motiva o grupo e alguns jogadores que estavam desanimados aproveitam para mostrar serviço”, avalia o comandante alviverde.

Por isso, ele alerta para os perigos do Ipatinga. “Só olhar a tabela e ver que o Coritiba está na liderança e o Ipatinga está lá atrás não é o suficiente para vencermos a partida”, avisa Ney.

Além disso, é um clube que ele conhece bem. “Em um ano e quatro meses cheguei em duas finais de Campeonato Mineiro, coisa difícil para uma equipe do interior, e em uma delas a gente foi campeão”, relembra. Já a campanha na Copa do Brasil o projetou.

“Eliminamos naquela competição o Santos, o Náutico e chegamos a uma semifinal diante de um Flamengo e ali eu tive a oportunidade de mostrar um cartão de visitas para o futebol brasileiro. Foi através daquele trabalho ali que eu tive a oportunidade de trabalhar no Flamengo”, destaca o professor de Educação Física formado pela Universidade de Viçosa (MG). “O Ipatinga me deu a oportunidade de mostrar a cara em âmbito profissional, porque quem está no futebol já conhecia o meu trabalho das categorias de base tanto do Cruzeiro quanto do Atlético-MG”.

Mais do que isso, Ney nem se assustou em trocar o modesto Ipatinga pelo clube de maior torcida do Brasil “O Flamengo tinha um índice de troca de treinadores de três em três meses e consegui ficar à frente da equipe um ano e dois meses. O Ipatinga me deu a oportunidade de mostrar a cara em âmbito profissional, porque quem está no futebol já conhecia o meu trabalho das categorias de base tanto do Cruzeiro quanto do Atlético-MG”, finaliza Ney, que completou 44 anos no mês passado.