Abaixo do rendimento esperado quando foi contratado, o técnico Gilson Kleina conta com um respaldo ‘desconfiado’ da diretoria e dificilmente será demitido, mesmo em caso de derrota para o Atlético, no próximo domingo (20) na Arena da Baixada. A confiança se dá pela melhora do desempenho do time nos últimos três jogos, nas vitórias sobre o Paraná e Avaí e na derrota para o J. Malucelli. Para a diretoria, a expulsão injusta do atacante Ortega foi fundamental no revés contra o Jotinha.
Internamente, a cúpula alviverde se mostra dividida. Por um lado. acreditam que a irregularidade coxa-branca não é culpa só do trabalho do treinador, que completa 100 dias no comando alviverde na quinta-feira (17). Problemas dentro e fora de campo interferiram, como atrasos salariais e a perda do artilheiro Kléber, que se contundiu, mas deve voltar para o clássico.
Pesa a favor de Kleina ainda a intenção de o Coxa tentar colocar efetivamente em prática um planejamento de longo prazo. No ano passado, o clube trocou duas vezes de técnico.
Por outro lado, as mesmas pessoas que afirmam que Kleina não deve cair após o Atletiba, porém, admitem que um desempenho ruim na Baixada levará o técnico a ser reavaliado pelos dirigentes.
O fato de o time ser só o quarto colocado do Paranaense, com seis pontos a menos que o líder J. Malucelli, vai contra o treinador. Assim como os desempenhos ruins contra adversários pouco expressivos – neste Estadual, o time perdeu fora de casa para PSTC e Toledo e empatou no Couto Pereira com o Rio Branco.
O presidente Rogério Bacellar prefere não comentar nada na semana do clássico, limitando-se a dizer que a postura do time será diferente em breve. “Esse ano não vamos entrar no Brasileiro para ficar entre os últimos. Vamos lutar para chegar entre os primeiros”, confia o dirigente.