Mais um se manda

Empresário é o quinto cartola a renunciar no Coxa

As turbulências internas no Coritiba não param. Nesta segunda-feira (20), durante a reunião do Conselho Deliberativo, o empresário Luiz Antônio Eugênio de Lima renunciou ao cargo de vice-presidente. Assim, é o quinto dirigente que deixa o clube na gestão do presidente Rogério Portugal Bacellar. Dos cartolas que foram eleitos com ele em 2014, apenas Gilberto Griebeler continua no clube.

Ex-diretor do Banestado Leasing e hoje executivo de uma rede de lanchonetes fast-food, Luiz Antônio escreveu carta de renúncia em que alega motivos profissionais para sair do Coxa. “Considerando o momento econômico pelo qual o país passa, as minhas atividades profissionais, minhas empresas, estão necessitando mais da minha presença”, confirmou.

O clube divulgou uma breve nota oficial confirmando a saída do empresário e informando que “um novo membro será indicado pelo presidente do clube para ser aprovado no Conselho Deliberativo”. Ele formará o G5 com Bacellar e os vices José Fernando Macedo, Gilberto Griebeler e Alceni Guerra.

Coincidência ou não, a renúncia de Luiz Antonio Eugênio de Lima aconteceu no mesmo dia em que foi descoberta a presença dos jogadores “chineses” no Coxa e a confusa história de uma parceria para acomodar dois atletas no Alto da Glória – inclusive inscritos no BID.

Histórico

O primeiro da diretoria alviverde a sair foi Ricardo Guerra, logo em maio de 2015, apenas cinco meses após o início da gestão. Junto com ele, o diretor executivo João Paulo Medina também renunciou, o que gerou o afastamento de Alex (decisivo para a eleição de Bacellar) do clube.

Em seguida, em julho do ano passado, foi a vez do vice Ernesto Pedroso renunciar. O cartola alegou que foi traído após um abaixo-assinado correr dentro do Deliberativo do clube para pedir a sua cabeça.

A próxima vítima da dança das cadeiras foi André Macias, envolvido na chamada “crise do WhatsApp”, em que conversas envolvendo funcionários, dirigentes e conselheiros do clube vazaram, expondo um racha na diretoria, em agosto de 2015.

Após ser afastado, Macias foi inocentado pelo Deliberativo e na sequência pediu renúncia em dezembro. Envolvido no mesmo caso, Pierre Boulos, que havia entrado na cúpula como substituto de Ricardo Guerra, também foi inocentado e renunciou.