A sequência de resultados ruins do Coritiba nos últimos anos e a falta de convicção nos projetos que regem o departamento de futebol nas duas últimas gestões acabaram com a mística do clube de conseguir manter treinadores por longos períodos. Depois de entre 2010 a 2013 contar com os trabalhos de apenas três profissionais, o Coxa, que sofre na luta contra o rebaixamento desde o Brasileirão de 2012, teve nos últimos três anos nada menos do que oito trocas no seu comando técnico.
A campanha ruim em 2009, que culminou ao final da temporada com o rebaixamento, fez o Alviverde contar com dois técnicos na disputa da competição nacional. Depois de iniciar com René Simões, o Verdão terminou o Brasileirão com Ney Franco no comando e, mesmo com a queda para a Série B, o treinador foi mantido para 2010, provando a intenção de dar continuidade ao trabalho, independentemente dos maus resultados em campo.
Queda de rendimento
Assim, Ney devolveu o Coritiba à elite do futebol brasileiro com uma grande campanha na Série B. Nos anos de 2011 e 2012, Marcelo Oliveira foi o último técnico a ficar mais tempo no comando do Verdão. Foram quase dois anos em que o time brigou por vaga na Libertadores no Brasileirão, chegou a duas finais da Copa do Brasil, além de conquistar dois títulos do Campeonato Paranaense.
Porém, Marcelo Oliveira não resistiu à sequência de resultados ruins no comando do clube e foi substituído por Marquinhos Santos em setembro de 2012. O até então desconhecido treinador conseguiu fazer boas campanhas e, pouco mais de um ano depois, foi demitido após a eliminação da Copa Sul-Americana para o Itagüi, da Colômbia, em outubro de 2013.
A partir daí a troca no comando do Coritiba passou a ser constante e, coincidentemente, os títulos pelos lados do Alto da Glória ficaram cada vez mais raros. No mesmo ano, Péricles Chamusca ficou apenas 45 dias no clube e coube ao ex-jogador e auxiliar-técnico Tcheco livrar o Verdão do rebaixamento.
Trocas constantes
No ano passado, foram três técnicos que passaram pelo Coritiba. Dado Cavalcanti iniciou o ano, mas não chegou a ficar três meses no comando. Celso Roth então veio para ser a salvação do clube para o Campeonato Brasileiro. Porém, a tentativa não deu certo e o treinador foi demitido no final do primeiro turno, com o Verdão na antepenúltima colocação.
Assim, Marquinhos Santos foi novamente chamado e, mais regular, principalmente nas partidas realizadas no Couto Pereira, o Coxa escapou da degola com uma rodada de antecedência, e o treinador revelado pelo clube foi mantido para comandar o Verdão em 2015. Apesar da troca de gestão, a rotatividade continuou. Bastaram alguns insucessos no Brasileirão deste ano para que Marquinhos Santos fosse demitido e, assim, Ney Franco retornasse cinco anos depois.
Tensão
A passagem do treinador, no entanto, foi turbulenta. Pegou o time coxa-branca afundado na zona de rebaixamento, balançou duas vezes no cargo e foi demitido depois de muita pressão interna, faltando apenas cinco rodadas para o final do Brasileirão.
O tapa-buraco da vez agora é Pachequinho, ídolo do clube, que estava atuando como observador técnico e terá a missão de livrar o Coxa do rebaixamento. A tendência é que ele siga no comando em 2016.
Fundamentos! Leia mais sobre o Coxa na coluna do Massa!
