Craques do Tri acreditam que Coritiba vai repetir façanha

Sonho de consumo almejado e alcançado em 1973, o tricampeonato paranaense poderá ressurgir na vida do Coritiba 39 anos depois. Após vencer o Estadual em 2010 e 2011, o Coxa larga como favorito e, segundo craques daquela conquista, tem tudo para repetir o feito. Para Jairo, Cláudio Marques, Hidalgo e Aladim, o Campeonato Paranaense está a caráter para o Alviverde, proncipalmente pelas indefinições no Atlético, a ausência do Paraná Clube e a incógnita dos times do interior. “Eu estou achando que o Coritiba é favorito. O Coxa tem 80% de possibilidades de ser campeão, porque as outras equipes vão ter dificuldades”, analisa o ex-goleiro Jairo, que atualmente administra escolinhas de futebol em Curitiba, São José dos Pinhais e Tijucas do Sul.

A opinião é compartilhada com Aladim, atacante que entrou na equipe justamente em 1973. “Está caminhando bem para o Coritiba. A diretoria trabalhou bem e o alicerce está mantido. O Willian entrou bem e nosso meio-campo está bem posicionado”, avalia o ex-jogador, hoje dono de confeitaria e vereador em Curitiba. De qualquer forma, o ex-zagueiro Cláudio Marques alerta que a conquista precisa ser confirmada em campo. “A tendência é que o Coritiba comece melhor, mas o Atlético é time grande e pode se arrumar”, pondera o atual comentarista esportivo das rádios Colombo e Continental. Enquanto isso, Capitão Hidalgo lembra que o Londrina pode reviver os bons momentos do passado. “O LEC vem forte para desafiar a rapaziada, mas a princípio, pelo elenco que tem, o Coritiba é o favorito”, confia.

Apesar de variar um pouco o grau de favoritismo que impõem ao Alviverde, o que eles não discutem é a qualidade do time de 1973. “O melhor da história. Não sei os números, mas foi um momento espetacular, um elenco que deu certo”, relembra Hidalgo, hoje comentarista da Rede Massa. Aladim vai além. “Era o time dos sonhos. Tive participação também no de 1975, mas o de 73 era o melhor de todos”, destaca. Na visão de todos, apesar do grupo ser bom, a qualidade Zé Roberto ainda sobressaia. “Um Pelé em miniatura”, diz Aladim. Jairo complementa. “Depois do Pelé, era o Zé Roberto. Tinha o Zico, tinham outros, mas ele era melhor”, elogia.

Sobre a conquista do tricampeonato em 1973, os ex-jogadores afirma que foi um presente para o “Chinês”. “Era um sonho do Evangelino (Costa Neves, então presidente) e da torcida. Quando eu cheguei aqui, a lavagem cerebral era para sermos tri”, finaliza Hidalgo. Naquele ano, o time venceu 24 vezes, empatou quatro e perdeu apenas uma vez. Também pôs fim ao tabu que acompanhava o clube, que deixou de ser tri em 1950, em 1961 e em 1970.