Coxas veem armadilha em elogios de René Simões

Se numa decisão todos os artifícios podem ser usados para colher um melhor resultado para a equipe, o técnico René Simões parece estar lançando mão de um. Pelo menos, é assim que pensam no Alto da Glória.

Ontem de madrugada, ele, que foi um dos pilares do acesso em 2007, e atualmente está no Atlético-GO, elogiou o Coxa através de sua página no Facebook.

O que poderia ser tratado como apenas uma opinião honesta de um profissional do futebol, foi recebida como uma arapuca armada para a partida de amanhã no Serra Dourada, pela Copa do Brasil.

Já passava da meia-noite quando René digitou em seu perfil na rede social: “Quebrando a cabeça, como parar a máquina coxa-branca (time do Coritiba). Hoje, a noite será longa”.

Depois disso, somente amigos também conectados no Facebook comentaram a frase do treinador do Dragão. René não se manifestou novamente, mas o técnico Marcelo Oliveira sorriu ao ser questionado sobre a informação. “O René é muito inteligente, é um bom técnico e não existe máquina nenhuma. O que existe é um bom time”, destacou o comandante alviverde.

Para ele, o adversário pode estar tentando armar algo para o Coxa. “O Coritiba vai enfrentar uma outra boa equipe, que está num momento muito bom. Eu também estou preocupado com o time do Atlético-GO”, avisou Marcelo.

O recado tem endereço certo: René. O técnico do Coritiba até rechaçou a informação de que o Dragão deixaria a Copa do Brasil em segundo plano. “Ninguém deixa a Copa do Brasil de lado. Ela tem uma importância significativa, por que você pode disputar a Libertadores e, disputando a Libertadores, pode disputar o Mundial. Então acho que todo mundo pensa dessa forma”, apontou.

Segundo o treinador será um jogo difícil. “Vocês vão ver que será um jogo complicado. Precisamos estar bem”, projetou Marcelo. Atento, o zagueiro Jéci conhece bem René e acredita também que seja mais um artifício do profissional.

“O professor René sempre mexe e mobiliza muito o grupo, mexe com a cabeça do atleta. Ele é muito inteligente, é diferenciado, mas não somos máquina de vitória. A gente só procura trabalhar e as vitórias vêm porque lutamos dentro de campo. É mais um jogo e vamos nos entregar para fazer uma grande partida”, analisou o defensor.