Política

Sócios do Coritiba vão decidir se eleições acontecem depois do Brasileirão

Foto: Divulgação/Coritiba.

O presidente Conselho Deliberativo do Coritiba, Marcelo Licheski, marcou uma assembleia geral de sócios, de forma virtual, para decidir sobre a manutenção ou adiamento das eleições do clube. A deliberação foi publicada nesta terça-feira (15), com prazo de dez dias para a publicação do edital de convocação.

“Considerando que quem vota nas eleições do Clube para os Conselhos Administrativo e Deliberativo são os sócios e não somente os membros do Conselho onde muitos por sinal serão candidatos; resolve, de ofício com base no caput do artigo 45 do Estatuto do Coritiba Foot Ball Club, designar Assembleia Geral de sócios (de forma virtual) para que os mesmos votem e decidam se as eleições devem ocorrer em 12/12/2020 ou em 06/03/2021”, diz trecho do documento – a íntegra está no fim da reportagem.

A data original do pleito é 12 de dezembro de 2020, mas na semana passada um grupo de 39 conselheiros fez um requerimento pedindo uma reunião extraordinária do Conselho Deliberativo para discutir o adiamento.

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O motivo alegado é que a votação durante o Brasileirão, que termina só no fim de fevereiro por causa da pandemia de Covid-19, pode afetar o desempenho em campo e causar “danos irreversíveis” ao clube. Dias depois, no entanto, outro grupo – ligado ao pré-candidato Renato Follador – pediu a manutenção do calendário eleitoral, mas apenas com a posse adiada para 2021.

Procurado pela reportagem, Licheski justificou sua decisão. “Acho que esta é a decisão mais democrática possível. Com isso, trazemos o sócio mais próximo do clube e como é ele quem vota para escolher os Conselhos Administrativo e Deliberativo, nada mais justo que ele escolha quando deve ser as eleições”, explicou.

A escolha por uma assembleia geral de sócios, no entanto, causou polêmica nos bastidores do Coritiba. Na visão de muitos conselheiros, Licheski descumpriu o estatuto do clube já que o requerimento pedindo uma reunião extraordinária do Deliberativo tinha mais de 30 assinaturas válidas e deveria, obrigatoriamente, ser cumprido. Ou seja, não haveria opção de convocar a assembleia geral de sócios neste momento.

“A assembleia geral de sócios é soberana em relação a qualquer outra”, argumentou Licheski, que assinou sozinho o documento, mas garante que a decisão teve maioria na mesa do Deliberativo.

Como está a situação eleitoral do Coritiba

O empresário Renato Follador, da chapa Coritiba Ideal, já confirmou que será candidato à presidência. Ele chegou a discutir uma possível união com outros grupos, mas não aceitou uma chapa de consenso.

Atualmente, há outros três pré-candidatos: José Carlos Vialle e João Luiz Buffara Lopes, Jango, e Paulinho Mago. O presidente Samir Namur não confirmou a intenção de se reeleger, mas a reportagem apurou que ele conversa nos bastidores sobre uma possível união com o grupo de Jango.

O ex-presidente Giovani Gionédis, que conduziu reuniões na tentativa de união, deve marcar novo encontro entre Samir, Jango e Vialle com o objetivo de formar um grupo único para disputar contra Follador nas urnas alviverdes.

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