A temporada de 2018 começou oficialmente na última quarta-feira (3) para o Coritiba. Talvez não como o torcedor alviverde queria. O elenco do Coxa, rebaixado à Série B, está passando por um processo de reestruturação, agora sob o comando do novo presidente Samir Namur, e se apresentou sem muitas novidades. Certamente foi um dos times que menos contratou para começar o ano. Mas o trabalho está sendo realizado pensando no futuro, sobretudo na busca pelo retorno à elite do futebol nacional.

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No início dos trabalhos, 31 jogadores se apresentaram ao técnico Sandro Forner. Alguns remanescentes do ano passado, atletas que voltaram de empréstimo, oito jovens que subiram do time sub-20 e duas contratações marcaram a apresentação alviverde. As caras novas são o lateral-direito César Benítez e o volante Wellington Simião, que já haviam sido anunciados na semana passada.

A escassez de novos jogadores foi explicada pelo técnico Sandro Forner. Neste primeiro momento, sobretudo na disputa do Campeonato Paranaense, os mais jovens terão oportunidades, como uma espécie de “vestibular”, visando a sequência da temporada, principalmente a disputa da Série B.

“Todo time em algum momento vai fazer suas contratações. Se aparecer uma oportunidade no mercado, com o jogador que realmente nos atenda, venha com vontade de estar aqui e vá nos ajudar, com certeza terá espaço. Nesse primeiro momento vamos começar com esse elenco, até para podermos dar chance para os meninos. Se sair contratando agora, não tem espaço para colocar esses jogadores”, explicou Forner.

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O processo de reconstrução pelo qual o Coxa passa afetará também as finanças do clube. O presidente Samir Namur, antes mesmo de ser eleito, já avisou que o clube não faria loucuras. Somente com a saída de mais de 20 jogadores e a reformulação do elenco, a folha de pagamento do time foi reduzida em 60%. Equalizar o clube financeiramente é um dos desafios importantes da atual gestão.

“Na administração do Coritiba trabalhamos em duas frentes muito importantes. Uma delas é silenciosa, que é o planejamento para o equacionamento financeiro. É um trabalho muito difícil e que demanda muita dedicação. Jogadores são oferecidos diariamente aos montes, que gostaríamos de contar, mas são atletas que não temos condições de pagar no momento. É um desafio muito importante, mas estamos muito preparados para essa série de metas e objetivos que temos que cumprir ao longo do ano”, acrescentou Namur.

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Mesmo não tendo investido muito na contratação de reforços para o início dos trabalhos para a temporada de 2018, o Coritiba sabe que fazer um bom papel no primeiro semestre trará ganhos para o clube. O grande foco do clube está na Copa do Brasil, já que se chegar na terceira fase do torneio nacional, R$ 1 milhão entrará no cofre alviverde.

“A segunda frente é o futebol. Neste início a Copa do Brasil é muito importante, não só por ser uma competição nacional, mas traz também soluções financeiras. Se chegarmos à terceira fase é mais de R$ 1 milhão no caixa do clube. Estamos devendo R$ 15 milhões de 2017 e o grande desafio é o acesso à Série A e, se ao fim do ano cumprir esse objetivo, já terá sido um ano de sucesso”, completou o mandatário coxa-branca.

Elenco

Apesar de ter recebido assédio de vários clubes nos seus principais jogadores, o Coritiba não teve nenhuma baixa para o início dos trabalhos da pré-temporada. O goleiro Wilson, o zagueiro Werley, o lateral-esquerdo William Matheus, o meia Yan Sasse e o atacante Kléber, que receberam propostas para deixar o clube, se apresentaram normalmente.

Além deles, o volante Matheus Galdezani também se reapresentou e deve permanecer. O Alviverde, no entanto, está renegociando a dívida da compra dos direitos do jogador com o Mirassol, acertada ainda na gestão anterior. No entanto, os pagamentos não foram realizados e a atual diretoria está acertando as pendências com o time do interior paulista.