Uma visita do presidente do Paraná, Rubens Bohlen, ontem, ao novo presidente do Coritiba, Rogério Bacellar, pode ser o começo de uma parceria que tenta incluir o Atlético e tem como objetivo fortalecer o futebol paranaense. “Nós conversamos sobre a situação do futebol do Estado, para trabalharmos campanhas unidos, com o objetivo que os paranaenses se associem aos clubes do Paraná”, contou Bacellar, que irá intensificar os contatos para trazer Mário Celso Petraglia, mandatário rubro-negro, para o grupo.
“Para a semana que vem estamos tentando uma reunião com o Mário (Celso Petraglia). Precisamos nos unir”, acrescentou o novo comandante do clube alviverde.
O responsável pelo contato com o dirigente atleticano é o vice-presidente de futebol coxa-branca, Ernesto Pedroso. No entanto, ainda não há nenhuma reunião marcada entre os três dirigentes. “Ele (Petraglia) é meu amigo, conversamos sempre, mas não tem nada marcado”, disse Pedroso, lembrando da evolução que o futebol catarinense teve nos últimos anos com a união dos clubes, o que levou o time a ter quatro representantes na edição deste ano da Série A (Avaí, Chapecoense, Figueirense e Joinville).
Bohlen
A reportagem tentou contato com o presidente paranista para comentar a iniciativa e as ações futuras, mas ele não atendeu as ligações. Para o site oficial do do Coritiba, Bohlen disse que colocou o Paraná “à disposição para projetos com interesses em comum aos dois clubes”. “A rivalidade existe dentro de campo. Fora das quatro linhas o interesse é em fazer um futebol estadual ainda mais forte”, afirmou o dirigente.
Opinião, por Cristian Toledo
Deveria ser algo óbvio, mas do jeito que nosso futebol anda, precisamos comemorar sim o fato de o Trio de Ferro estar interessado em batalhar unido pelos seus interesses. Há assuntos que precisam ser tratados em conjunto (como fórmulas mais interessantes do Paranaense e, claro, melhores valores de direitos de transmissão), e saber que Coritiba e Paraná deram ontem o primeiro passo já é um grande fato desse início de temporada.
O próximo estágio é aglutinar também o Atlético, formando um bloco forte – e que se valorizaria internamente e também dentro do cenário nacional. Não me preocupa agora pensar se este ou aquele dirigente falhou e gerou esse ambiente de inimizade. O que vale é olhar pra frente, é pensar que a união do Trio de Ferro é fundamental para o fortalecimento do futebol paranaense como um todo. Juntos, Atlético, Coritiba e Paraná são fortes o suficiente para promover mudanças importantes. Que desta vez as coisas andem.