Coritiba ainda não encontrou treinador para ano do centenário

Já está virando rotina. A cada dia, o Coritiba tem menos opções para a escolha de seu novo treinador. Com o mercado se fechando e os técnicos mais renomados definindo seu futuro, o Coxa pode ser obrigado a lançar mão de um “plano B”.

Logo que Dorival Júnior anunciou que deixaria o clube, a diretoria revelou o perfil pretendido para seu substituto: um técnico jovem, estudioso e com experiência na Série A do Brasileiro.

O problema é que restam cada vez menos nomes com essas características à disposição. Ontem, mais três treinadores que apareciam como alternativas para o Coxa tiveram que ser descartados. Celso Roth renovou com o Grêmio, Caio Júnior acertou com o Vissel Kobe, do Japão, e Alexandre Gallo negou a possibilidade de um acerto com o Cori.

Agora, eles se juntam a outros profissionais que estavam entre os cotados, mas acertaram com outros clubes, como Adilson Batista (Cruzeiro), Vágner Mancini (Vitória) e René Simões (Fluminense).

Mesmo com as alternativas diminuindo, a direção alviverde diz que não está preocupada. “Não temos pressa. É fácil contratar um treinador. O difícil é trazer a pessoa certa. Estamos analisando todos os nomes”, diz o gerente de futebol Paulo Jamelli.

Os resultados de duas eleições podem abrir novas alternativas. Amanhã, o Internacional escolhe sua nova diretoria e, se a situação perder, Tite pode deixar o clube.

A situação de Hélio dos Anjos é a mesma no Goiás, que terá seu pleito no dia 18 de dezembro. Curiosamente, a mesma data que o diretor de futebol Homero Halila definiu como limite para uma definição.

Entre os técnicos que seguem desempregados, se destaca Emerson Leão, que deixou recentemente o Al-Sadd, do Catar. Mas o Atlético-MG já estaria em negociações adiantadas com ele.

Assim, o Coxa pode ter que optar por um técnico menos experiente. Dentro desta característica, Zetti surge como uma opção, já que seu bom relacionamento com Jamelli poderia facilitar um acordo. Ele está sem clube desde que deixou o
Juventude, em agosto.

O gerente de futebol do Cori não confirma nenhuma conversa, mas também não descarta seu nome. “O Zetti é meu amigo, um ótimo profissional e não pode ser descartado. Mas por enquanto não passa de especulação”, diz Jamelli, que jogou ao lado de Zetti no São Paulo.

O Paraná-Online conversou com Zetti, que disse estar pronto para assumir o Coxa se aparecer uma oferta.

Paraná-Online- Você recebeu alguma sondagem do Coritiba?

Zetti – Diretamente não. Fiquei sabendo de um suposto interesse, mas ninguém me procurou. Tenho uma relação muito boa com o Jamelli,
mas por enquanto não conversamos.

Paraná-Online – Está próximo de um acerto com algum clube?

Zetti – Estou em São Paulo e recebi algumas propostas. Mas nenhuma foi dentro do que eu pretendia. Ainda não acertei com ninguém.

Paraná-Online – O Coritiba seria uma boa opção para você?

Zetti – Com certeza. É um grande clube, com um bom projeto. Já conheço Curitiba (treinou o Paraná em 2006) e gosto muito da cidade. Para mim seria ótimo.