Absurdo

Confusão no domingo mancha torcida coxa-branca

A confusão nas arquibancadas do Couto Pereira, no domingo passado, quando a garota Milena, de 13 anos, juntamente com seu pai, ganhou de presente a camisa do meio-campo Lucas, do São Paulo, e imediatamente foi cercada por vários torcedores do Coritiba, repercutiu de maneira muito negativa no Brasil inteiro e até mesmo no exterior.

Ontem, o fato se tornou o principal assunto em todos os programas esportivos e, como não seria diferente, alvo de muitas críticas. Consequentemente, mais uma vez a torcida coxa-branca acabou sendo taxada de violenta, relembrando a barbárie de 2009, quando várias pessoas invadiram o gramado do Couto, transformando o estádio em um verdadeiro campo de guerra.

O comentarista Mauro Cezar Pereira, da ESPN Brasil, mostrou sua indignação durante um programa ao vivo da emissora. “O amor pelo clube não pode fazer com que as pessoas não percebam que outras pessoas que torcem pelo mesmo clube tenham certas atitudes. Se enfiar o dedo na cara do pai da menina, fora os palavrões, não é agressão, então tem que fazer o quê? Eu lamento muito que ainda assim algumas pessoas busquem justificativas para defender esta covardia”, questionou.

Desta vez, a confusão não acarretará em punição ao Alviverde, pois o procurador do STJD, Paulo Schmitt, avalia que a situação foi resolvida rapidamente. Porém, mancha, indiretamente, a imagem dos torcedores do clube. Tanto no domingo, quanto ontem, as redes sociais ficaram cheias de comentários criticando o ocorrido. As cobranças também se voltaram para os policiais militares, que, apenas alguns metros atrás da confusão, só assistiram a menina e seu pai serem ameaçados, sem sequer tentar proteger as vítimas.

O Coritiba já solicitou as imagens das televisões e irá avaliar o tumulto, juntamente com as imagens das câmeras de segurança do estádio. Caso seja constatado algum tipo de agressão, e houver a identificação das pessoas envolvidades, eles podem ser punidos. Se o torcedor for sócio do clube, ele deverá ser excluído do quadro associativo. Se não for sócio, será encaminhado para o Ministério Público.