Sábado, o Coritiba deu um até breve para o Couto Pereira. Empatou por 2 x 2 contra o Botafogo e agora terá de cumprir a pena de 10 jogos imposta pelo STJD – desde que não consiga reverter a sentença – longe de casa.
Pelo regulamento da CBF, o Coxa precisou escolher uma cidade que estivesse no mínimo a 100 quilômetros de Curitiba. A melhor opção foi Joinville. É a arena da “Manchester catarinense” que será a nova casa do Alviverde nos próximos quatro meses e meio.
O Coxa mandará todos as partidas da suspensão na Arena Joinville. O estádio é moderno – foi inaugurado em setembro de 2004 e tem capacidade para 22,4 mil torcedores – e ainda está ganhando retoques para ficar melhor ainda. A prefeitura da cidade dará todo o apoio e se engajou na campanha do Coritiba.
“Essa parceria é uma alegria muito grande para Joinville. Isso ajudará tanto a cidade quanto o JEC. Além disso, quem sabe este não é o passo inicial para uma parceria ainda maior”, projeta o prefeito Carlito Merss.
O Coritiba confia que com toda a ação de marketing programada para sustentar a estada em Joinville possa vencer o cetecismo da população local. “É com muita gratidão que o Coritiba fecha este acordo com a cidade de Joinville”, discursa Vilson Ribeiro de Andrade, vice-presidente do clube, sabendo que a realidade pode pintar outro cenário.
Além da distância do Alto da Glória até Joinville – 139 quilômetros -, são empecilhos para que o Coritiba possa atrair público à Arena o fato de que 9 dos 10 jogos vão acontecer na terça ou na sexta-feira à noite. Como Joinville é uma cidade industrial, isso pode esfriar as pretensões alviverdes, que planeja uma média de público em torno de 5 mil pessoas.
Para se ter uma ideia, quando mandou jogos na Vila Capanema, o Coxa teve uma média de 2,5 mil torcedores. Em Paranaguá, foram 2 mil por partida. A aposta é que a conquista do estadual e o apelo da Série B, onde cada duelo é uma decisão, também sirvam para animar o torcedor a se deslocar de Curitiba a Joinville.
A adesão ao Coxa em Joinville parece que deve partir dos coxas-brancas que moram em Curitiba, por que se depender dos joinvillenses, o apoio será mínimo. Nossa reportagem foi às ruas da cidade medir a animação, mas não sentiu firmeza.
Quem manda em Joinville são Corinthians e Flamengo. Do Coxa, o único jogador conhecido é Ariel. Mesmo assim, alguns se prontificaram a torcer. Vestindo camisa da seleção da Alemanha, mas garantindo torcer pelo Flamengo, Deyvid Delfino gostou da ideia do Coxa na cidade catarinense.
“Achei legal o Coritiba escolher Joinville porque a gente pode ver aqueles jogadores que a gente só vê na televisão e vai poder ver bem pertinho”, disse, para completar: “O Ariel é um atacante bom. É aquele carecão grande, canhoto, argentino, né? Fora isso, não conheço muito o time.”
Para quem quiser ver Ariel & Cia. e for sócio do Joinville, os preços serão convidativos. O Coxa vai cobrar R$ 20 reais a inteira e R$ 10 a meia dos associados do clube catarinense. Já os sócios do Alviverde terão todos os seus direitos preservados na Arena Joinville.
