Briga pelo trono

Alex e Keirrison na cola para desbancar o ‘Rei do Couto’: Pachequinho

Os números mostram que o Coritiba atravessa um momento de grande instabilidade ofensiva neste Brasileirão. Curiosamente, o clube conta no seu atual grupo com dois dos maiores artilheiros de sua história. Keirrison e Alex estão na lista dos dez maiores goleadores do Verdão de todos os tempos. Quando o assunto é Couto Pereira, o desempenho da dupla é ainda mais expressivo. Um levantamento exclusivo feito pelo Grupo Helênicos aponta que tanto o K9 quanto o Menino de Ouro têm grandes chances de desbancar Pachequinho da condição de ‘Rei do Couto’.

‘É motivo de orgulho estar há tanto tempo nessa posição’, comenta Pachequinho. ‘Mas, não tenho dúvida de que os dois irão me ultrapassar. Não fico triste, porque se trata de dois grandes profissionais e ótimas pessoas’, disse o ex-atacante coxa-branca. Pachequinho balançou as redes do Couto Pereira 48 vezes. Vale ressaltar que constam desta estatística apenas jogos oficiais realizados desde 1977, ano em que o estádio teve seu nome alterado de Belfort Duarte para Major Antônio Couto Pereira, presidente que foi o grande mentor da ‘casa’ coxa-branca.

‘Acho que eu teria feito muito mais, não fossem as lesões. Fiquei de fora de muitos jogos devido aos problemas clínicos’, lembrou Pachequinho. Mesmo assim, ele conseguiu superar Chicão, centroavante que marcou época no Alto da Glória, onde fez a alegria da galera 47 vezes. ‘Hoje, com a maior rotatividade dos atletas, não é fácil se buscar marcas assim. Mas, o Keirrison tem mais três anos de contrato e Alex, mesmo estando na reta final de sua carreira, dispensa comentários’, destacou Pachequinho, que tem sempre na ponta da língua três gols memoráveis, dentre os 48 que fez no Couto.

‘Tem um belo gol contra o Paraná, na Série B de 1991. Foi um gol olímpico e que abriu caminho para a nossa classificação’, lembrou. O Verdão fez 4×0 e eliminou o Tricolor que vencera o primeiro jogo por 1×0, também no Couto Pereira. ‘Outro belo gol foi o de bicicleta, frente ao Rio Branco, pelo Paranaense de 1996’. Além desses dois golaços, Pachequinho guarda na memória um gol ‘mais simples’, mas não menos importante. ‘Foi em 1995. Vencemos o rival por 3×0 e com isso subimos para a Série A’, destacou Pachequinho, que balançou as redes após receber um passe preciso – com sempre – do craque Alex.

O levantamento do Top 10 do Couto Pereira surpreendeu até mesmo Alex. Ele se resumiu a dizer que ‘dá pra buscar’ a marca do amigo Pachequinho. Este, porém, é um desafio pessoal secundário. Além de fechar bem o Brasileirão deste ano e encerrar uma carreira vitoriosa jogando bem, Alex sonha com outra marca: superar o lendário Zé Roberto, que, no geral, marcou 72 gols com a camisa coxa-branca. Faltam cinco gols, apenas, para que Alex iguale a marca. ‘Encerrar a carreira à frente dele, seria espetacular. O Zé Roberto é uma lenda’, cravou o Menino de Ouro do Alto da Glória.

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