Coritiba se prepara para “parar? Romário amanhã

E ele vem aí. Depois de dois anos de ausência, Romário volta a jogar no Alto da Glória – seu último jogo no estádio do Coritiba foi pela Copa João Havelange, contra o Paraná. E, indiscutivelmente, ele é a grande atração do jogo alviverde contra o Fluminense, amanhã, às 16h. Mais ainda porque ele persegue uma marca histórica: ele está prestes a marcar seu centésimo gol em campeonatos brasileiros.

É mais um elemento para a clássica pergunta que se faz sempre que o adversário tem Romário: como se marca o atacante? A dúvida já adquire caráter filosófico, como em Porto Alegre, onde o técnico Tite decidiu não realizar nenhum acompanhamento especial – e o resultado foi uma derrota por 3 a 1, com dois gols dele e ainda o passe para o gol de Magno Alves.

Por isso, no Coritiba a opinião corrente é a de não se descuidar um único instante do atacante. “Ele precisa de um instante apenas para colocar lá dentro. Eu vou fazer a minha parte na defesa, mas vou ficar sempre procurando e pensando no que ele vai fazer”, confessa o zagueiro Picolli. Mas todos sabem que, apesar de não se movimentar muito, vez por outra Romário aparece em lugares impensáveis – e chega na cara do gol. “É por isso que ele é o goleador que é”, afirma Reginaldo Nascimento, que retorna amanhã à defesa coxa.

Além disso, a atenção será redobrada para os armadores de jogadas do Fluminense – que às vezes acabam também recebendo passes precisos de Romário. “Eles têm um meio-campo compacto e que sai com velocidade para o jogo com o Fernando Diniz”, explica o técnico Paulo Bonamigo. “O Diniz e o Magno Alves são muito rápidos, e por isso o Romário está indo para a armação e os lançando”, aponta Picolli. “A bola sai sempre precisa, porque eles são ótimos jogadores”, reitera Nascimento.

Tudo isso para parar um único jogador, de 36 anos, que pouco se movimenta e é considerado (por alguns) veterano demais para o rápido futebol de hoje. Certo – mas ele é Romário. “Qual é a coisa mais importante do futebol? É o gol. E o que ele mais sabe fazer é isso. Na minha opinião, ele é o melhor homem de área do país. Definidor como o Romário não existe”, sintetiza Picolli. E ele vem aí.

O reencontro do Senador

Roberto Brum ainda não sabe como será o reencontro. Pela primeira vez na carreira ele vai enfrentar o Fluminense, clube que defendeu por doze anos. É o time que o permitiu tudo no futebol, e que indiretamente é o responsável pela sua atual boa fase no Coritiba.

“Realmente é uma situação diferente para mim. Eu sempre estive do outro lado, e agora vou jogar contra o Fluminense”, afirma o “Senador”, que conquistou seu último título na equipe carioca há apenas dois meses. – mas logo depois ele ?abandonou? o time para voltar ao Coritiba.

E no momento em que ele voltou ao Alto da Glória ele sabia que o encontro tinha data marcada – 31 de agosto, 16h, no Couto Pereira. “Acaba se tornando o momento ideal para provar a muita gente o valor do meu futebol”, diz o volante – com uma ponta de mágoa, já que ele nunca se firmou nas Laranjeiras.

Só que Roberto Brum garante que sua preocupação principal é ajudar o Cori a se reabilitar no campeonato brasileiro. “A torcida que vai comparecer no Couto Pereira pode ter certeza que nós vamos mostrar muito mais do que fizemos contra o Corinthians, e vamos orgulhá-los mais uma vez”. (CT)

Beto ainda está sem confiança

(Lancepress!) – O apoiador Beto teve ontem um dia decisivo para saber se poderá estar em campo amanhã, quando o Fluminense enfrenta o Coritiba. O jogador fez o último teste para avaliar se já está recuperado da lesão na coxa. Ele, apesar de ressaltar a rápida recuperação, admite que ainda não está totalmente seguro.

Beto reconheceu que a má fase da equipe nos jogos em que esteve ausente pode pesar na decisão de apressar a volta: “A ansiedade aumenta. Sei que a equipe está precisando muito de mim e, por isso, estou me esforçando ao máximo”.

Segundo o apoiador, a equipe está sentindo a falta de um meia de ligação: “Os homens do meio-campo têm que chegar mais no ataque. Os atacantes estão tendo que recuar muito. Foi o que aconteceu com o Romário contra o Juventude”.

Voltar ao topo