Coritiba mantém veto contra a Império Alviverde

Nem mesmo o cadastramento obrigatório de integrantes de torcidas organizadas será capaz de retirar o veto do Coritiba contra a Império Alviverde. A agremiação será a primeira do País a ter sócios identificados pelo Ministério do Esporte, por previsão do novo Estatuto do Torcedor.

De acordo com vice-presidente do Coxa, Vilson Ribeiro de Andrade, a organizada não vai receber tratamento especial por parte do clube. A intenção da diretoria do Coritiba é a identificação total dos frequentadores de seu estádio.

“O que nós temos é uma definição do Ministério do Esporte através do projeto Torcida Legal. Ali o Coritiba e o Couto Pereira serão parceiros e projeto piloto para todo País”, disse o dirigente.

Ribeiro espera que o cadastramento total de torcedores ocorra até o próximo ano. A medida vai contar inclusive com equipamentos de biometria digital. “Não entrará ninguém no estádio sem a identificação. Vai apertar o dedo e vai entrar. Quem tiver alguma ficha criminal, respondendo processo, não será cadastrado. Com isso, você tira a marginalidade (dos jogos de futebol)”,esclareceu.

“O Coritiba se sente honrado por ser o primeiro clube a ter coragem de tomar essa medida”, completou. Ao falar da Império, o dirigente foi enfático. “Até que se esclareça a situação, o veto está mantido”, disse, por causa da invasão de campo ocorrida na última rodada do Brasileirão do ano passado. Como pena, o Coritiba foi punido com a perda de dez mandos de campo na Série B e teve que jogar em Joinville, em Santa Catarina.

Outro lado

No entender do Ministério Público do Paraná (MP-PR), porém, as torcidas organizadas devem ser reconhecidas pelos clubes. “São entidades regulamentadas e foram atribuídas a elas sanções no caso de atos de violência”, ressalta o procurador de justiça Ciro Expedito Scheraiber.

Sobre o veto do clube, o presidente da Império, Luiz Fernando Corrêa, o Papagaio, avalia que o Coritiba quer tirar toda articulação da torcida dentro do clube. “O motivo (do veto) não é financeiro ou por violência. É a luta pelo poder”, revela.

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