Coritiba diz saber como passar pelo Paraná

O Coritiba usará a mesma fórmula do Flamengo para passar pelo Paraná na abertura da 2.ª fase do Paranaense. Antes mesmo dos cariocas usarem a formação da equipe com apenas um volante, o Alviverde já havia lançado mão da opção e repetirá a dose diante do Tricolor. Assim, Geraldo ganha a oportunidade e entra no lugar de Rodrigo Mancha, suspenso pelo 3.º cartão amarelo. No restante da equipe, o Coxa vai com o que tem de melhor. O clássico está programado para às 16 horas no Couto Pereira.

?Nós já vínhamos jogando assim e não é imitação nem se inspirar na forma como o Flamengo atuou. A equipe vem jogando dessa maneira e, às vezes, nós variamos com dois volantes?, avisa o técnico Guilherme Macuglia.

De acordo com ele, com Juninho de segundo volante o time também ganha mais uma opção de chegada na frente, o que deverá acontecer agora com Geraldo, enquanto Juninho ficará mais recuado. ?O Juninho não tem uma chegada tão forte como o Geraldo pode ter, mas também estamos dando uma continuidade porque quando jogamos com esses jogadores a equipe teve um crescimento?, destaca o treinador.

E a tendência, segundo Macuglia, é o time continuar dessa forma no restante da competição. ?É lógico que tivemos altos e baixos (em alguns momentos), mas não tem por que mexermos muito na estrutura da equipe e é dessa maneira que pretendemos encarar essa fase decisiva?, adianta. Durante a semana, o comandante do Coritiba chegou a testar outras opções, como a entrada do zagueiro Douglão e do meia Caíco, mas optou mesmo pela presença de Geraldo. ?Na quarta-feira fizemos um coletivo mais longo e testamos duas variações táticas, mas a primeira opção é o Geraldo, para não mexermos muito na estrutura da equipe?, aponta.

De acordo com Geraldo, o mais importante do Coxa é jogar da maneira que vem jogando. ?Espero que possamos fazer o nosso futebol dentro de campo e conseguirmos uma grande vitória?, diz o meia. Diante do Paraná, ele está encarregado de auxiliar na marcação junto com Pedro Ken. Como Juninho ficará como primeiro volante, os dois meias terão que ajudar na pegada para liberar mais Marlos, o principal criador do time. No restante da equipe, nenhuma mudança. O meia Caíco, que poderia começar a partida, ficará no banco de reservas.

Barulho liberado no Alto da Glória

As faixas e as baterias da Império Alviverde e da Fúria Independente estão autorizadas para o clássico de amanhã no Couto Pereira, mas o torcedor não poderá portar mais nada que identifique as torcidas organizadas. Essa foi decisão de uma reunião entre a Polícia Militar e representantes das duas entidades. Pelo acordo entre as partes, no segundo turno da 2.ª fase do Paranaense, as normas também valerão para o confronto na Vila Capanema.

Ficou acertado também que o objetivo das duas uniformizadas é promover a paz e fazer uma festa bonita nas arquibancadas, sem violência e que atraia famílias. Não ficou decidido se os gritos de guerra provocativos nas duas organizadas serão entoados ou não. Também ficou acertado que os ingressos para os torcedores paranistas serão vendidos na sede social do Paraná Clube – Av. Kennedy – até as 14h30 de amanhã. Nas bilheterias, não haverá venda para a torcida visitante.

?Vantagens pros dois lados?

Quem é o favorito para o clássico de amanhã? Os jogadores do Coritiba têm opiniões diferentes sobre o assunto. Para alguns, o encontro contra um rival histórico como o Paraná elimina qualquer tipo de vantagem para um, enquanto outros apontam a alternância entre times A e B como um fator que pode ajudar o Tricolor numa partida de alto nível como o Paratiba.

?O mando de campo é válido junto com a nossa torcida nos empurrando, mas não tem favorito. Como já falei em outras vezes, fator campo é bom? É. Torcida também? É. Mas, o Paraná tem uma bela equipe, como vem mostrando na Liberadores, e nós temos que respeitar?, analisa o atacante Eanes. Para ele, no entanto, como o mando da partida é do Alviverde, a necessidade da vitória é maior. ?Temos que impor o nosso ritmo e ir em busca da vitória?, destaca.

Já o volante Juninho não pensa bem assim. ?Falei que o Paraná é o favorito pelo tempo de trabalho que eles tiveram e até por terem poupado várias vezes jogadores que estavam na Libertadores?, explicou. Mesmo assim, ele aponta o fator casa como um diferencial a favor do Coxa. ?Talvez o fator campo prevaleça bastante porque vamos ter o apoio do nosso torcedor e, ao mesmo tempo, a cobrança?, destacou.

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