São Paulo – Um, dois, três, quatro… quanto mais gols melhor.
O Corinthians recebe o Deportivo Cali hoje, às 21h45, no Estádio do Pacaembu, com um único objetivo: garantir a classificação na primeira posição do Grupo 4 da Copa Libertadores. Ou seja, com boa vitória. Um empate garante a vaga, mas pode custar o primeiro lugar e a vantagem de decidir em casa na oitava-de-final. Para não correr riscos, o time vai partir com tudo para cima dos colombianos. ?Iremos vencer, e bem?, prevê o técnico Ademar Braga, só não admitindo desorganização. ?Vamos atacar bastante, mas não como índios.?
A tática suicida descrita pelo treinador deve, segundo suas previsões nem sempre corretas – vide a surpresa diante do Grêmio – ser utilizada pelos colombianos. ?Eles não terão cautela alguma, virão como time de índios, atacando direto e dane-se a gente?, disse o técnico.
Ademar, meio atordoado pela surra levada no Sul, 2 a 0 na estréia do Brasileiro, chegou a pregar cautela para sua equipe. ?Temos de jogar com inteligência (se é que alguém joga sem ela), mas não desprezar a defesa?, filosofou, desconfiado.
O receio de Ademar tem explicação. Na sexta-feira, apostou suas fichas no Corinthians como favorito a ser campeão brasileiro e numa bela apresentação diante do Grêmio. Se deu mal, perdendo o jogo e com atuação horrível. Agora, prefere agitar seus jogadores. ?Só se ganha jogos com empenho total.
Vamos demonstrar raça, dedicação, preparação…?
O treinador mudou suas táticas, talvez alertado sobre o fator negativo trazido por suas polêmicas declarações ao clube. De uma, porém, não abre mão. Desde que assumiu o cargo, declarou guerra contra os árbitros. ?Temos tudo para jogar bem, mas depende da arbitragem. Desde o ano passado nos prejudicam?, bronqueou. ?Não precisamos de nada. Contudo, acham que somos os primos ricos e os outros os pobres, os coitadinhos e precisam de ajuda para não serem goleados.?