Copa América é tradicional para os paranaenses

O torcedor paranaense não terá o orgulho de ver um jogador de seu clube brilhar com a camisa do Brasil nesta Copa América. Com os times do Estado fora da convocação de Mano Menezes, o jeito será aproveitar o torneio para matar a saudades de dois craques que já defenderam a dupla Atletiba: o meio-campo Jadson e lateral Adriano.

Para o londrinense Jadson, do Shakhtar Donetsk, o torneio é a grande chance de se firmar na Seleção Brasileira. Oportunidade que surge depois de seis temporadas na Ucrânia, onde o jogador atua desde que deixou o Atlético, após ser um dos principais nomes da campanha do vice-campeonato brasileiro, em 2004.

O curitibano Adriano, do Barcelona, vai para a sua segunda Copa América. Em 2004, quando ainda defendia o Coritiba, o lateral-esquerdo esteve no grupo convocado por Carlos Alberto Parreira. Foi o último representante de um clube do Paraná no torneio, mas não jogou uma partida sequer. Antes de Adriano, quatro jogadores foram chamados para a principal competição do continente enquanto defendiam um time do estado. Todos eles do Furacão.

Os primeiros foram o goleiro Caju e o lateral-direiro Joanino, chamados para o Sul-Americano de 1942 pelo técnico Ademar Pimenta. Caju foi titular em todos os jogos e se consagrou como o melhor arqueiro do campeonato, ganhando o apelido de “Majestade de Arco”. O Brasil terminou na terceira posição.

Em 1991, foi a vez do volante Valdir, que teve boas atuações sob o comando de Paulo Roberto Falcão e voltou do Chile como vice-campeão. Dez anos depois, em 2001, o lateral-direito Alessandro fez parte do time de Luiz Felipe Scolari, que foi eliminado por Honduras nas quartas-de-final. Em 2007, o Atlético também teve representante na Copa América. O meia Ferreira foi titular da Colômbia, jogando três partidas pela seleção de seu país natal.

Consolação

Apesar de não estarem presentes em uma grande vitrine internacional, os times paranaenses tem um consolo. Como o Brasileirão não vai parar durante a Copa América, eles não sofrerão desfalques na disputa do Nacional. Ao contrário de alguns rivais da dupla Atletiba na Série A. O Santos será o maior prejudicado, com a ausência do trio Elano, Ganso e Neymar em pelo menos seis rodadas.