Com Ganso no banco, São Paulo estreia na Libertadores

“É mais ou menos como bater em bêbado. Se você bate está tudo certo, mas se apanha é: ‘olha, apanhou de bêbado'”. A definição de Luis Fabiano sobre o confronto contra o Bolívar indica como o elenco encara a responsabilidade de confirmar o favoritismo diante do adversário da primeira fase da Copa Libertadores. Se quiser sonhar com o tetracampeonato da competição, o time tricolor precisará dar o primeiro passo nesta quarta-feira, às 22 horas, no estádio de Morumbi, para não cair na armadilha da altitude de La Paz na semana que vem. Mais do que ganhar, o objetivo é construir um resultado confortável. Se for por goleada, melhor.

Mesmo sendo apenas o segundo jogo da temporada, o embate já tem cores de final. Grande parte do planejamento passa por um bom desempenho dentro das quatro linhas e os próprios jogadores já não escondem a ansiedade de disputar aquele que é considerado o campeonato xodó da torcida. Não seria exagero dizer que uma eliminação prematura diante de um adversário sem qualquer expressão ganharia ares de tragédia, especialmente após o São Paulo ver rivais paulistas (Santos, em 2011, e Corinthians, atual campeão) erguerem o troféu justamente nos dois anos em que esteve fora da competição.

Sabendo da necessidade de passar de fase mesmo que com um futebol claudicante típico de início de temporada, a equipe está preparada para atacar desde o primeiro minuto e o técnico Ney Franco prepara uma verdadeira blitz para sufocar o rival em seu campo. O treinador fez uma análise minuciosa do rival, pouco conhecido no Brasil, e espera uma equipe que não abdique do ataque quando tiver a bola nos pés.

“Eles devem ficar retraídos sem a bola, mas quando a recuperarem não acredito que vão ficar atrás. É uma equipe que sai para o jogo e penso que eles virão para cima quando estiverem com a bola no pé. Trabalham muito bem a bola na lateral, mas efetivamente criam poucas oportunidades de gol e em alguns momentos a linha de defesa fica muito exposta ao contra-ataque, é nisso que vamos jogar”, explicou Ney Franco.

Insatisfeito com o rendimento da equipe na vitória sobre o Mirassol no último sábado, o treinador promoverá a entrada de Aloísio na ponta direita e recuará Jadson para o meio, onde exercerá a mesma função do ano passado. Paulo Henrique Ganso, com isso, vai para o banco. “Não mexemos na estrutura da parte defensiva, essa base foi a que finalizamos o ano passado e está faltando alguém para preencher esse lado direito. Fiquei muito satisfeito com o que vi, ele tem força, arrancada e é mais um homem que sabe fazer gol”.

A ideia é tentar se aproximar ao máximo do esquema do ano passado sem mudar os atletas de posição. Quem também volta é o lateral-esquerdo Cortez, poupado no fim de semana para fazer a estreia justamente no primeiro “jogo do ano”.

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