Colômbia muda para confirmar liderança contra o Japão

A Colômbia entra em campo nesta quarta-feira, na Arena Pantanal, em Cuiabá, a partir das 17 horas (de Brasília) para ratificar a sua força e confirmar o primeiro lugar do Grupo C da Copa do Mundo contra o desesperado Japão. Aos japoneses resta apenas a vitória e torcer para que a Grécia pelo menos empate com a Costa do Marfim, no outro jogo decisivo da chave. O técnico dos colombianos, o argentino José Pekerman, vai poupar alguns de seus titulares para a última rodada, já que basta um empate para os sul-americanos confirmarem a liderança do grupo.

Os destaques do time colombiano nesta campanha vitoriosa na Copa do Mundo até aqui, com triunfos contra Grécia (3 a 0) e Costa do Marfim (2 a 1), são os meia James Rodríguez, com dois gols, e Montero, e o atacante Cuadrado. Pekerman deve promover a entrada de Fredy Guarín, da Inter de Milão, que ainda não estreou nesta Copa. Ele ocuparia a vaga do volante Carlos Sánchez, que já tem um amarelo e poderia, com outra advertência, perder a partida das oitavas de final, provavelmente contra Itália ou Uruguai.

A equipe de Pekerman se prepara agora para superar sua melhor campanha em Copas, em 1990, na Itália, quando chegou até as oitavas e foi derrotado por Camarões (2 a 1). “Temos espaço para crescer. Temos muitos jogadores jovens e estão aprendendo a ter uma nível melhor em campo”, assegurou o argentino.

Por sua vez, o meia da Inter de Milão está confiante com a possibilidade de entrar contra o Japão. “Estou disposto para entrar no nível que está a equipe”, declarou o jogador. “Estou com muita vontade (de jogar), esperando esse momento”.

O capitão da equipe, Mario Yepes, é outro que pode deixar a equipe. Em seu lugar entraria Eder Balanta, jovem zagueiro de 21 anos do River Plate. Mas a alteração mais esperada pela torcida colombiana pode ser a entrada de Faryd Mondragón, que completou 43 anos no Brasil e poderia se converter no jogador mais velho a atuar em uma Copa do Mundo, superando o camaronês Roger Milla, que jogou com 42 anos no Mundial dos Estados Unidos em 1994. “Nunca se sabe quando seremos escolhidos. Por isso é preciso estar preparado. Os 23 estão prontos (para jogar)”, afirmou Mondragón, que até o início da Copa era o único jogador colombiano a ter disputado um Mundial, em 1998, na França. “É um presente estar nesta Copa do Mundo. Serei agradecido eternamente a Pekerman por estar aqui no Mundial com meus companheiros”, reforçou o goleiro.

FIASCO ASIÁTICO – Caso não consiga avançar nesta quarta, o Japão, campeão da Ásia, confirmaria assim o fiasco das equipes do continente, já que Coreia do Sul e Irã têm apenas um ponto e também poucas chances de classificação em seus grupos. Além disso, nenhum dos times asiáticos conseguiu ainda uma vitória.

A equipe do técnico italiano Alberto Zaccheroni pretende acabar com as dúvidas sobre a capacidade do time, que cresceram principalmente no segundo tempo da partida contra a Costa do Marfim, quando a seleção japonesa vencia e foi surpreendida pelos marfinenses, perdendo o duelo por 2 a 1. A derrota fez com que o time também não se encontrasse contra a Grécia, ficando no empate sem gols.

O técnico italiano tem seu trabalho questionado. Agora, para se classificar, o Japão precisa sair do confronto desta quarta na Arena Pantanal com três pontos, alguns gols a mais, e a Costa do Marfim não pode vencer a Grécia. Zaccheroni justificou seu trabalho com a dificuldade que uma Copa do Mundo oferece aos times.

“Sabia que qualquer coisa poderia acontecer, porque numa competição tão importante como esta é muito difícil encontrar o equilíbrio correto para ter um bom desempenho em campo”, afirmou o italiano em entrevista ao sita da Fifa. “Eu esperava encontrar (o equilíbrio) durante a disputa, mas é fato que não conseguimos encontrar o equilíbrio tático e psicológico que precisávamos para impor nosso estilo de jogo. Viajamos ao Brasil com uma ideia na cabeça e tentamos combinar com nossa qualidade e velocidade. Tenho de reconhecer que não fomos capazes de encontrar este equilíbrio até agora”, analisou o treinador.

Com apenas um ponto conquistado na Copa, a equipe asiática, até agora, parece estar longe de igualar as melhores campanhas do país nos Mundiais, que foram as oitavas de final em 2002, em casa, e em 2010, na África do Sul.