Carrasco parece ter estancado ciranda de treinadores no Atlético

Com 5 meses de Atlético, o técnico uruguaio Juan Ramon Carrasco parece ter conseguido estancar a ciranda de treinadores na história recente do clube. Em 2011, um comandante se dava por satisfeito se durasse 90 dias no Furacão. Foi o que ocorreu com Antônio Lopes – antecessor de Carrasco, o qual completa, hoje, 153 dias de Rubro-Negro.

O retrospecto do uruguaio é o que o sustenta no cargo. Em 35 jogos, acumula 69,5% de aproveitamento. Foram 22 vitórias, sete empates e seis derrotas apenas. A marca foi alcançada com o estilo Carrasco: promovendo rotatividade de jogadores e atuando na maioria das vezes com três atacantes.

Nas vezes em que o treinador fracassou foi quando abdicou da ofensividade. Foi assim que perdeu o título estadual para o Coritiba e que acabou eliminado da Copa do Brasil, pelo Palmeiras. As mudanças foram sugeridas pela diretoria, o que ele mesmo admitiu. “Desde que seja para o bem do time, sugestões são bem vidas”, disse.

Em meio a erros e acertos, os jogadores do Atlético ainda se acostumam ao perfil diferente do técnico. Carrasco, por exemplo, não gosta de ficar gritando à beira do campo. Além disso, é cheio de manias. Proíbe que seus goleiros usem amarelo -segundo ele, uma cor que “chama gol”. Outra curiosidade, é que ele costuma levar familiares aos jogos, quando eles vêm do Uruguai visitá-lo.

Além disso, nos treinos, estimula seus comandados a acertarem as jogadas apostando perfumes. A cada gol ou drible mais bonito, o jogador é presenteado com um frasco. Porém, quando a bola bate na canela, é o treinador quem sai perfumado do CT do Caju. “Tenho mais ganhado que perdido”, assegura o “duradouro” Carrasco.