Candidato à Fifa, xeque Salman assina compromisso sobre direitos humanos

O xeque bareinita Salman Bin Ibrahim Al-Khalifa, um dos candidatos à presidência da Fifa, anunciou nesta sexta-feira que assinou um compromissos redigido por organizações não-governamentais assumindo o compromisso, em caso de vitória, de comprometer a entidade gestora do futebol mundial a combater abusos de direitos humanos e casos de corrupção.

O candidato explicou, porém, que retirou referências específicas às duas próximas edições da Copa do Mundo, que serão realizadas na Rússia e no Catar, e à discriminação contra mulheres e grupos LGBT, para incorporar uma definição mais ampla.

“Eu sou da opinião de que não devemos ser seletivos em qualquer área relativa aos direitos humanos”, apontou o xeque, que faz parte da família real do Bahrein, em um comunicado.

Human Rights Watch, Anistia Internacional e Transparência Internacional se juntaram a outros grupos exigindo que os aspirantes a presidir a Fifa assinem o documento antes das eleições de 26 de fevereiro.

O xeque Salman negou repetidamente ter envolvimento na identificação de atletas do Bahrein que foram presos e supostamente torturados pelas forças de segurança do país depois de participarem de protestos pró-democracia em 2011.

Na última quinta-feira, o príncipe jordaniano Ali bin Al Hussein, um dos seus rivais na eleição, questionou a sua postura diante desses acontecimentos. Além deles, a eleição presidencial da Fifa tem outros três candidatos: o suíço Gianni Infantino, o francês Jérôme Champagne e o sul-africano Tokyo Sexwale.

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