Calendário não sai da estaca zero

Rio de Janeiro – O impasse com relação ao calendário do futebol brasileiro continua. Ontem, houve mais uma rodada de negociação entre representantes do Clube dos Treze, Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e Globo Esportes – responsável pela compra dos direitos de transmissão dos jogos do Brasileirão. Os clubes e federações não concordam com a decisão da CBF de tornar disponível somente 12 datas no primeiro semestre para Estaduais ou torneios regionais.

O presidente do Flamengo, Gilberto Cardoso Filho, esteve na sede da CBF em nome do Clube dos Treze para dizer ao seu presidente, Ricardo Teixeira, que clubes do Nordeste, do Sul, de Minas Gerais e de São Paulo querem a manutenção dos regionais. Essa posição é contrária aos interesses da Globo Esportes.

De acordo com o diretor da empresa, Marcelo Campos Pinto a TV Globo não vai mais dispor de recursos para transmitir jogos de regionais. “Não temos uma posição definida com relação a calendário, somente sobre o Brasileiro de 2003, com 24 clubes e 46 datas de meados de abril a dezembro.” Ele confirmou que existe contrato da empresa com Ligas que organizam os torneios Rio-São Paulo, Sul-Minas e do Nordeste, até 2003.

“Mas eles devem perder a validade se os objetos em discussão (os torneios) não mais constarem do calendário aprovado pela CBF”, disse.

Cardoso Filho lembrou que a multa rescisória em caso de rompimento de contrato da Globo Esportes é de R$ 6 milhões para cada um dos grandes clubes participantes do Rio-São Paulo. Mas reconheceu que a exclusão dos torneios no calendário da CBF anularia qualquer briga jurídica contra a empresa.

O presidente do Flamengo defende a criação de mais um torneio no segundo semestre, já a partir de 2003: seria a Copa Master, com os clubes que não estivessem disputando a Copa Pan-Americana – outra competição que nascerá em 2003, com vaga garantida para os seis melhores colocados no atual Brasileiro.

Voltar ao topo