Brasil tenta confirmar favoritismo na Davis

Florianópolis – Como favorito, por jogar em casa numa quadra de saibro e com bola lenta, o Brasil inicia hoje seu caminho de volta ao Grupo Mundial da Copa Davis, a elite do tênis mundial formada por 16 nações. No jogo de abertura do confronto diante do Canadá, pela final do Grupo I (segunda divisão) da zona americana, Ricardo Mello pega o canadense Frank Dancevic, em Florianópolis, a partir das 10 horas – com transmissão da SporTV.

Também hoje, logo depois do jogo de Ricardo Mello, Flávio Saretta entra em quadra para enfrentar o canadense Frederic Niemeyer. Enquanto isso, Gustavo Kuerten foi reservado pela equipe brasileira para a partida de duplas, amanhã, às 12h, quando ele jogará ao lado de André Sá contra Daniel Nestor e Frederic Niemeyer.

Se vencer o Canadá, o Brasil estará classificado para o playoff, de 19 a 21 de setembro, quando vai enfrentar um dos oito países que perderam na primeira rodada deste ano do Grupo Mundial. O possível adversário brasileiro sairia de uma lista com Chile, Romênia, Croácia, Austrália, República Checa, Suíça, Bielo-Rússia e Áustria.

Assim, se o Brasil der a sorte de voltar a jogar em casa contra uma dessas oito equipes em setembro, teria grande chance de reconquistar um lugar na elite do tênis. Mas será que um país que praticamente não tem um tenista entre os cem primeiros do ranking da ATP (o melhor é Saretta, em 100.º lugar) merece um lugar entre os 16 melhores do mundo?

O melhor período do Brasil na Davis foi de 1997 a 2003, justamente a época áurea de Gustavo Kuerten. No ano de 2000, a equipe brasileira ficou entre as quatro melhores da competição e só perdeu para a Austrália por jogar em uma quadra de grama. Agora, com Guga longe de seus melhores dias, o País amarga sua realidade.

Para manter-se numa posição intermediária, o Brasil precisa da vitória sobre o Canadá. Um bom resultado também mantém os tenistas em evidência, uma vez que voltariam a jogar a Davis em setembro. Mas se perder, só haverá outro confronto no ano que vem.

Com o novo comando do técnico Francisco Costa, o Brasil manteve uma escalação conservadora, sem a esperada renovação. Ele preferiu não correr riscos e deixou para o futuro a oportunidade de dar experiência a novos valores.

Ricardo Mello ficou satisfeito com essa decisão e ganhou um lugar no time, que seria de Marcos Daniel. Agora, pelo sorteio dos jogos realizado nesta quinta-feira, ele terá a responsabilidade de abrir o confronto contra o número 1 canadense.

?O Dancevic tem um jogo agressivo, mas numa quadra de saibro, jogando em casa, estou confiante nas minhas chances?, disse Ricardo Mello, que é o atual número 116 do ranking mundial, apenas uma posição atrás de seu adversário desta sexta-feira.

Saretta também está confiante. ?Estou vindo de bons resultados, sinto que estou jogando bem e em casa a motivação é ainda maior?, afirmou o tenista brasileiro.

O técnico Francisco Costa admitiu ter ficado satisfeito com o resultado do sorteio desta quinta-feira. ?Acho que vai ser uma pressão a mais para os canadenses terem seu jogador número 1 na primeira partida do confronto?, avaliou.

Elite

A partir de hoje também serão disputadas as quartas-de-final do Grupo Mundial da Davis. A Rússia enfrenta a França em Moscou, a Bélgica recebe a Alemanha na cidade de Ostend, a Espanha vai até Winston-Salem para encarar os Estados Unidos e a Argentina joga em Gotemburgo contra a Suécia.

Voltar ao topo