Os brasileiros fizeram bonito ontem, penúltimo dia do Campeonato Mundial da Classe Finn, que está sendo disputado no Rio de Janeiro. Na sétima regata da competição, a única do dia, o paulista Bruno Prada chegou em primeiro, seguido pelo também paulista Jorge Zarif. Hoje, último dia de provas, a briga promete ser acirrada.
Na classificação geral, Bruno soma 79 pontos perdidos, o mesmo número do carioca João Signorini (o Joca). Mas a vitória de ontem, fez a diferença para Prada, pelo critério de desempate, garantindo o paulista em 10.º, enquanto Joca segue em 11.º. A liderança do mundial é do inglês Ben Ainslie (30 pontos perdidos), terceiro colocado na sétima regata. O segundo colocado é o polônes Mateusz Kusznierewicz (48 pontos), 14.º ontem.
Para Bruno Prada, de 32 anos, se o mundial já tivesse terminado, ele estaria muito satisfeito com o resultado. “Na largada, optei pelo lado esquerdo e logo percebi que era o pior. Mudei de lado e, no segundo contravento do dia, tudo deu certo. Peguei um braço de corrente que me favoreceu muito. Se o campeonato acabasse hoje (nesta quinta), o resultado seria perfeito pois estaria cumprindo meu objetivo de chegar entre os dez primeiros”, comentou Bruno, que vem lutando contra uma virose desde o início do mundial. “Estou debilitado e a Classe Finn exige muito esforço físico, afirmou o medalhista de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg-1999, que irá descansar ao lado de sua família durante o Carnaval para, em seguida, encarar a pré-olímpica de Búzios, tendo como principal adversário João Signorini. “Em Búzios, será outra história. O vento é mais forte, as ondas maiores”, avalia Bruno.
Aos 46 anos, Jorge Zarif, que, segundo recomendação médica, deveria estar em casa se recuperando de uma cirurgia no joelho esquerdo, realizada no último mês de novembro, vibrou com o seu desempenho ontem. “Nessa idade, a segunda colocação numa regata de mundial, com 54 velejadores e 25 países, é um prêmio”, comemorou Zarif, que está em 35.ª na colocação geral.
Já o inglês Ben Ainslie, atual campeão olímpico da Classe Laser e bicampeão mundial de Finn, está perto de igualar o feito do brasileiro Jörg Bruder, e único tricampeão consecutivo da competição (1970, 1971, 1972).