Brasil empata e terá que disputar repescagem

O Brasil não conseguiu passar de um empate em 1 a 1 com o Chile na noite de ontem e terá que disputar a respescagem, domingo, contra o terceiro colocado do grupo B, que será definido hoje. A seleção saiu na frente, mas sucumbiu no segundo tempo e, mesmo tendo um jogador a mais a maior parte da etapa final, não conseguiu o resultado positivo. Os donos da casa carimbaram o passaporte para o quadrangular final do pré-olímpico, que acontece nos dias 21, 23 e 25, em Valparaíso e Viña Del Mar. Para a partida de domingo, o técnico Ricardo Gomes não poderá contar com Rochemback e Diego, que foram advertidos com o segundo cartão amarelo.

Com a vantagem do empate, o Chile entrou em campo com a clara proposta de caprichar na marcação e jogar nos contra-ataques. A postura até foi eficiente nos momentos iniciais, mas o Brasil encontrou um jeito de furar a marcação aos 18 minutos. Rochemback cobrou escanteio pela direita e Alex subiu mais que o zagueiro para abrir o marcador. Com a inversão temporária da vantagem, o Chile teve que se abrir e o jogo ficou mais franco, mas com o claro domínio da seleção brasileira.

Tanto que aos 35 minutos, o técnico chileno queimou todas as substituições para deixar a equipe mais ofensiva. As mudanças deram mais consistência ao ataque chileno, que passou a prender a bola no campo ofensivo e quebrou a seqüência de ataques do Brasil.

A necessidade do resultado fez com que o Chile, empurrado pela torcida, continuasse na pressão no segundo tempo. Aos dois minutos, Fierro teve um gol anulado legalmente, mas aos 17, a sorte não foi a mesma. Beausejours subiu entre dois zagueiros, Maicon tentou interceptar, mas ele cabeceou novamente, empatando o jogo. A comemoração dos chilenos só não foi maior porque Carrasco foi expulso em seguida. De quebra, Riffo sentiu uma contusão e praticamente, passou a andar em campo, uma vez que as substituições já haviam sido feitas.

Aproveitando-se da vantagem, Ricardo Gomes deu mais ofensividade ao Brasil, trocando Paulo Almeida por Dudu Cearense, Elano por Marcel e Rochemback por Daniel Carvalho. Ofensivo, mas desordenado, o time não conseguiu reverter o resultado.

Rodrigo Lasmar, médico com história na seleção

“Quando decidi fazer medicina, meu sonho era um dia chegar à seleção. Achava difícil, porque existem muitos médicos no futebol brasileiro, mas felizmente consegui. Fiquei muito feliz quando recebi o convite. E meu pai ficou ainda mais feliz do que eu”, contou Rodrigo. Ele foi convidado para integrar a comissão técnica por José Luiz Runco, médico da seleção principal e muito amigo de seu pai.

Quando foi chamado, o técnico era Émerson Leão. Mas ele não chegou a trabalhar com o treinador. “O Runco me chamou porque o Joaquim Grava tinha saído junto com o Luxemburgo. O Leão aprovou meu nome porque é amigo do meu pai e já me conhecia. Só que ele foi demitido depois da Copa das Confederações e naquela altura eu não tinha ido para nenhum jogo com a seleção”, lembrou.

Luiz Felipe Scolari assumiu e não fez nenhuma objeção ao seu nome. Rodrigo “estreou” no período de trabalho na Granja Comary antes da partida contra o Uruguai em Montevidéu, pelas Eliminatórias da Copa de 2002. Depois, foi para a Copa América da Colômbia, em 2001 – quando o Brasil foi eliminado por Honduras. Foi um começo difícil, mas a compensação veio no ano seguinte, com a conquista do título mundial.

Com este resultado, os paraguaios terminaram em terceiro lugar no Grupo A, pois não podem mais ser alcançados por uruguaios e venezuelanos, ao somar seis pontos. O Uruguai somou dois e a Venezuela apenas um. Na repescagem, o Paraguai terá pela frente o segundo colocado do Grupo B.

Osvaldo Díaz abriu o placar para o Paraguai aos nove minutos, enquanto Sebastián García empatou para o Uruguai aos 30 do primeiro tempo. Na etapa final, Fredy Bareiro fez o gol da vitória paraguaia aos 39 minutos.

Patrocinador mostra força até em Concepción

O Huachipato é patrocinado pela Adidas desde 2000 e ano passado o contrato foi renovado até o final de 2005. A empresa alemã veste todas as categorias de futebol do clube. “Há uma cláusula no contrato que me impede de falar sobre valores, mas posso dizer que é um acordo muito importante para nós”, afirmou Patrício Alvarado, gerente de marketing do Huachipato.

Dia 3, quando a seleção foi treinar no clube pela primeira vez, o chefe de relações públicas do Huachipato, Felipe Cereceda, afirmou que não havia a menor possibilidade de as placas da Nike serem colocadas ao lado do campo principal. “Temos contrato com a Adidas e por isso não podemos permitir que um concorrente faça propaganda aqui. Se fosse uma empresa de outro ramo não haveria problema”, disse na ocasião.

Meio a contragosto porém, o clube cumpriu a ordem e desde aquele dia nem os dirigentes nem Felipe Cereceda deram as caras no estádio quando a seleção aparecia para treinar, diferentemente do que ocorria nos primeiros dias.

BRASIL: Gomes, Maicon, Edu Dracena, Alex, Maxwell, Paulo Almeida (Dudu Cearense), Fábio Rochemback (Daniel Carvalho), Elano (Marcel), Diego, Robinho, Dagoberto. Técnico: Ricardo Gomes