Um ponto em quatro partidas, apenas 8,3% de aproveitamento, cinco gols assinalados e oito gols sofridos no Brasileirão. A decepcionante campanha do Coritiba, campeão paranaense invicto deste ano, está promovendo mudanças consideráveis na equipe. Apesar de o time comandado por Paulo Afonso Bonamigo ter protagonizado partidas equilibradas, não conseguiu aproveitar as oportunidades criadas e acabou castigado. “Resumidamente, falta frieza na finalização e atenção nos contra-ataques”, diz Bonamigo.
O fato é que a aposta na formação titular que foi campeã estadual está chegando ao fim. O torcedor que comparecer ao Couto Pereira amanhã, às 18h, para a partida contra o Figueirense, vai ver um Coritiba consideravelmente diferente daquele que iniciou a partida contra o Cruzeiro, perdida pelo Coxa por 4 a 3.
A paciência do técnico Paulo Afonso Bonamigo se esgotou e o ataque foi todo modificado para o jogo contra os catarinenses. Saem Edu Salles, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, e Marcel e entram Lima e Marco Britto, respectivamente. Se para a saída de Edu a justificativa é óbvia, para a de Marcel, o treinador faz questão de ressaltar a boa fase de Marco Britto. “Ele veio para ser titular no estadual, mas o Marcel estava numa fase ótima. Agora, eles está pedindo passagem”, disse Bonamigo. Diplomata, o treinador assegura que a saída não é definitiva, tanto que vai mantê-lo no banco de reservas. “Por tudo o que fez no estadual, ele está muito marcado e como não vem conseguindo marcar os gols, perdeu a confiança”.
No entanto, as mudanças não se limitam ao setor ofensivo. No meio-de-campo, o treinador poderá contar com o retorno de Tcheco, que cumpriu suspensão na última rodada. Com isso, Lima será mantido no time, mas jogará mais avançado, ao lado de Marco Britto. Na zaga, Juninho dá lugar a Danilo. “Estamos com uma defesa muito baixa. Com o Danilo, temos mais chance de ganhar a bola aérea. Além disso, o Danilo está em uma ótima condição”, explicou o treinador.
No treinamento de ontem, Bonamigo chegou a testar o 4-4-2, mas garantiu que a formação inicial para a partida contra o Figueirense será o tradicional 3-5-2. “A equipe está mais acostumada jogando com três zagueiros. Mas quero ter uma opção para dar uma nova dinâmica ao jogo e tenho que acostumar o time a jogar assim também”, disse o treinador. O principal ponto a ser ajustado é a marcação, que tem deixado a defesa vulnerável, com as constantes subidas de Roberto Brum e Tcheco. “No esquema com três zagueiros eles têm mais liberdade. Com apenas dois, eles têm que ficar mais um pouco”: (GR)