Bate-chapa na eleição direta do Paraná Clube

Dentro de duas semanas, no dia em que completará catorze anos de existência, o Paraná Clube dará uma “guinada” na sua vida política. Pela primeira vez, desde a sua fundação, os sócios estarão indo às urnas para escolher seu novo presidente.

As possibilidades de composição não mais existem e o “bate-chapa” está confirmado. José Carlos de Miranda e José Alves Machado disputarão voto a voto a preferência dos seis mil associados em dia com o clube.

O Paraná passou, em 1998, por uma alteração de suas normas e desde então, o Conselho Deliberativo perdeu poder e os destinos do clube eram debatidos somente pelos integrantes dos conselhos Administrativo e Normativo. A rigor, somente 29 conselheiros escolhiam, entre eles, um presidente a cada dois anos.

As regras geraram um problema interno: a falta de renovação de lideranças. Tanto que três prazos para reformulação do Conselho Deliberativo foram descumpridos. Sob essa “bandeira”, os conselhos Normativo e Deliberativo aprovaram – após inúmeras e intermináveis reuniões – a minuta do novo estatuto, que foi referendado pelos associados no último dia 29 de novembro. Assim, a definição de quem comandará o Paraná nos próximos dois anos será nas urnas. A eleição está marcada para o dia 19 de dezembro, das 8h às 20h, tendo direito a voto todos os sócios titulares, maiores de 18 anos e com no mínimo um ano de ingresso no clube.

A situação

Atual presidente do Conselho Deliberativo do clube, José Carlos de Miranda já pleiteou o comando do Paraná Clube em 1997. Naquele ano, perdeu a disputa, dentro do próprio conselho, para Dilso Rossi. Ele comanda a chapa Família Tricolor, que conta com José Domingos Borges Teixeira e Pedro Poitevin Neto como seus vices.

Promete uma administração “transparente” e com a participação efetiva do associado. Em sua primeira correspondência aos sócios, Miranda destaca cinco itens que serão prioridade durante a sua gestão. “Tenho batalhado pelo clube há muito tempo e nunca me afastei”, comentou. “Passei por várias áreas e estou preparado para assumir o comando geral do Paraná”.

A oposição

José Alves Machado vem trabalhando em silêncio, nos bastidores do clube, há pelo menos três meses. Aposta nesta “largada antecipada” para vencer a corrida no próximo dia 19. O fato de nunca ter tido seu nome na mídia não o impediu de arregimentar uma expressiva frente de trabalho junto a conselheiros e sócios. Garante que o clube precisa de uma nova visão empreendedora, adequada à atual situação econômica do País.

Como seu concorrente, Machado também quer criar novas faixas de associados, com taxas de manutenção compatíveis com o poder financeiro de cada um. “O clube é muito grande e se você usufruiu somente de uma sede, é justo que pague apenas por isto”, ressaltou. O candidato tem ainda idéias para angariar fundos para os outros esportes do clube.

Miranda: clube “oxigenado”

Atual presidente do Conselho Deliberativo do clube, José Carlos de Miranda já pleiteou o comando do Paraná Clube em 1997. Naquele ano, perdeu a disputa, dentro do próprio conselho, para Dilso Rossi. Ele comanda a chapa Família Tricolor, que conta com José Domingos Borges Teixeira e Pedro Poitevin Neto como seus vices.

Promete uma administração “transparente” e com a participação efetiva do associado. Em sua primeira correspondência aos sócios, Miranda destaca cinco itens que serão prioridade durante a sua gestão. “Tenho batalhado pelo clube há muito tempo e nunca me afastei”, comentou.

A meta é “oxigenar” o clube para assegurar o resgate do quadro associativo. A queda dos sócios ativos é, para ele, reflexo da condição sociológica do povo brasileiro. “Temos que ter como foco a criação de fatos novos, que venham a trazer o associado novamente às nossas sedes”, lembrou. Dentre as propostas estão a intensificação das atividades sociais (lazer e bailes) e a criação do “sócio torcedor” e do socio sub-sede”.

O objetivo é reduzir o valor da taxa de manutenção, de acordo com a área de acesso à qual o associado se interessa. “Se o sócio só vai usufruir, por exemplo, da sub sede Tarumã, a sua taxa custará aproximadamente 60% do valor da mensalidade atual”, disse. O público-alvo, com essas adaptações, são as classes B e C.

Caso seja eleito, Miranda assegura a manutenção da atual política em relação ao departamento de futebol. Já antecipou que o responsável por toda essa área será o 1.º vice-presidente José Domingos.

Há um ponto em que Miranda é incisivo: o Paraná terá uma empresa própria para comandar o futebol e assim usufruir das vantagens fiscais. “Mas, em hipótese alguma iremos terceirizar essa área. Não vamos abrir o clube para aventureiros”, assegurou.

Machado é Ocimar e Paulão

José Alves Machado vem trabalhando em silêncio, nos bastidores do clube, há pelo menos três meses. O fato de nunca ter tido seu nome na mídia não o impediu de arregimentar uma expressiva frente de trabalho junto a conselheiros e sócios. Garante que o clube precisa de uma nova visão empreendedora, adequada à atual situação econômica do País.

Como seu concorrente, Machado também quer criar novas faixas de associados, com taxas de manutenção compatíveis com o poder financeiro de cada um. “O clube é muito grande e se você usufruiu somente de uma sede, é justo que pague apenas por isso”, ressaltou. No seu plano de trabalho, sócios que praticam bolão, judô, natação, futsal, vôlei, beisebol e outras modalidades, teriam um aumento de 3% em suas mensalidades. O clube também recolheria os mesmos 3% e o total seria revertido para um fundo de reserva para cada uma das modalidades.

Machado pretende não alterar a estrutura administrativa do clube. “É preciso, primeiro, sentir o que está sendo feito, para então implementar alterações. Os profissionais que lá estão devem continuar”, disse. O candidato -que conta com o apoio de conselheiros como Paulo César Silva e Ocimar Batista Bolicenho – quer a construção de um estacionamento na sede social da Kennedy, pondo fim aos constantes problemas de furtos.

No futebol, Machado também imagina a montagem de um time competitivo, mas racionalizando gastos. “Precisamos de jogadores experientes, veteranos, mesclados aos valores revelados nas nossas categorias de base, que também precisam de atenção especial.” Em relação à administração do futebol, Machado destacou o trabalho desenvolvido pela atual direção. “Eles colocaram o time em um lugar de destaque e serão convidados a ajudar.”

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