Marca registrada

União e parceria ditaram o time do Atlético rumo ao título em 2001

Jogadores eram muito unidos, não apenas os titulares, mas todo grupo. Foto: Arquivo

União, parceria, cumplicidade e sintonia entre time e torcida. Foi assim que o zagueiro Gustavo, titular absoluto do Atlético em 2001, resumiu a equipe rubro-negra que, naquele ano, conquistou o Campeonato Brasileiro. O camisa 3, ídolo do torcedor e que ganhou o prêmio de melhor zagueiro da competição daquele ano, lembra da conquista com muito carinho e afirmou que a amizade e parceria do elenco fora de campo foi essencial para fazer do Furacão campeão nacional.

“Foi essencial. O Atlético, naquele ano, não tinha apenas 11 jogadores, mas sim um grupo inteiro. Fica até um clichê falar isso, mas os caras de fora torciam para os que estava jogando. Era uma cumplicidade muito grande e a gente tinha também a energia da torcida, uma unidade, uma conexão fantástica. Foram fatores que fizeram a gente chegar tão longe e conquistar o título”, lembrou Gustavo.

Longe de ter entrado no Brasileirão como candidato ao título, o Atlético foi conquistado território aos poucos. Para o ex-zagueiro, o Furacão, apesar de correr por fora na luta pela taça, provou desde o início, quando venceu quatro dos primeiros cinco jogos, que brigaria por objetivos maiores.

“A gente acreditou desde o início. Tivemos um início muito bom e depois uma queda. Aí criou-se uma dúvida. Depois, voltamos a ganhar de novo e tínhamos, entre nós, uma certeza muito grande que ganharíamos todos os jogos. A gente ia entrar em campo para saber de quanto iríamos ganhar, pois a confiança dos jogadores, da comissão e dos torcedores era muito grande. Mais para o final, com o Geninho, demos mais uma embalada e, com a confiança da torcida, virou uma empolgação geral. Quando vencemos o Vitória, na última rodada, com o time misto e nos deu a oportunidade de jogar as quartas de final e a semi em casa, a confiança foi ainda maior”, apontou.

A confiança comentada por Gustavo se transformou em realidade. Nas quartas de final, o Furacão, em jogo único, venceu o São Paulo, na Arena da Baixada e, depois, garantiu a vaga na decisão ao bater o Fluminense. Para o camisa 3, o estádio e a sintonia entre time e torcida foram fundamentais.

“O diferencial foi a nossa torcida. Claro que nosso time puxava o torcedor para dentro de campo. Vários amigos falavam que era muito difícil jogar na Arena. Eles tinham medo de jogar aqui e queriam nos enfrentar fora de casa. Quando tivemos a oportunidade de jogar as quartas e a semifinal em casa, a gente tinha certeza que o torcedor faria a diferença, como fez”, contou.

Gustavo e outros ex-jogadores que participaram do título brasileiro de 2001 ainda mantém contato. O ex-zagueiro, que atualmente é dono de uma empresa que agencia jogadores, não esconde a emoção e a sensação de dever cumprido por ter contribuído para o crescimento e reconhecimento do Furacão depois da conquista do título nacional.

“O sentimento é de felicidade, de dever cumprido e de honra por ter vestido essa camisa. Tivemos a oportunidade de estar no clube neste momento. O clube tem uma grandeza enorme e ficou ainda maior depois que ganhou destaque internacional, com participações na Libertadores. Foi o início de grandes conquistas. O clube ainda não conquistou o Brasileiro novamente e vai conseguir em breve, tenho certeza. O sentimento é de felicidade e honra. A gente sempre fala com orgulho por fazer parte dessa história”, finalizou ele.