Não é só futebol

Torcedores do Caracas atravessaram a fronteira pra apoiar o Atlético na Colômbia

Cinco torcedores do Caracas encararam 18 horas de viagem até Barranquilla. Tudo pra apoiar o Furacão. Foto: Luiz Ferraz

Barranquilla (Colômbia) – Não é só futebol. A frase é batida, mas cabe bem na história de amizade criada entre torcedores do Atlético e do Caracas, da Venezuela, durante a disputa da Copa Sul-Americana deste ano. Muito bem tratados quando foram a Curitiba acompanhar o jogo de volta das oitavas de final do torneio internacional, cinco torcedores do time venezuelano acabaram criando um vínculo de amizade com a torcida do Furacão e decidiram, então, pegar o carro, encarar a estrada e acompanhar de perto o primeiro jogo da final da Sul-Americana, qie aconteceu na noite de quarta-feira (5), no estádio Roberto Meléndez, em Barranquilla.

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Mais do que ajudar na torcida pelo Atlético, que acabou empatando em 1×1 diante do Junior Barranquilla e levou uma boa vantagem para a partida de volta, semana que vem, na Arena da Baixada, os venezuelanos puderam reencontrar as pessoas que lhe receberam tão bem em Curitiba neste ano. A partir daí, na expressão de satisfação e alegria, qualquer sacrifício fica em segundo plano para tornar esse sonho uma realidade.

“Quando fomos a Curitiba, os torcedores do Atlético e do Caracas ficaram bem amigos. Nós combinamos muito bem. Isso nos animou para vir a Barranquilla. Quando fomos a Curitiba eles nos trataram muito bem e queríamos agradecer de alguma maneira a torcida do Atlético”, contou o torcedor do Caracas, Ruben Bernar, de 32 anos.

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Depois do encontro entre torcedores dos dois times, no início de outubro, criou-se um vínculo de amizade. Então, eles trocaram os números de telefone, mantiveram contato e, na Colômbia, em um dos jogos mais importantes da história do Furacão, puderam promover esse reencontro.

Foram 18 horas de viagem. A chegada dos cinco venezuelanos aconteceu por volta das 16h em Barranquilla, ou seja, quase quatro horas antes de a bola rolar. José Comajera, de 23 anos, contou que a ideia de viajar aconteceu no último sábado. Para ele, o vínculo criado vai durar a vida toda.

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“No sábado falávamos sobre o jogo do Atlético em Barranquilla. Aí tomamos a decisão de ir e apoiar a Os Fanáticos. Saímos de Maracaibo, cruzamos a fronteira e viemos ao jogo. Todos os meninos são muito amigos e muito solidários. Somos muito agradecidos pela solidariedade e irmandade e esperamos que o Atlético possa ter êxito e ser campeão”, comentou.

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Esse agradecimento não é por acaso. Por conta da crise que a Venezuela atravessa, ser tratado de uma forma mais solidária realmente mexeu com esses torcedores do Caracas. Milene Szaikowski, que foi uma das torcedoras que fez a recepção em Curitiba, destacou o vínculo criado entre os atleticanos e os meninos que, pela primeira vez, estavam visitando o Brasil.

“Pessoal fez um churrasco para eles lá, pagou o hotel e tudo mais. Então, essa foi uma forma de retribuir, já que a Venezuela fica perto daqui. A amizade continuou. Eles seguiram trocando mensagens com a torcida e é uma amizade que vai ficar para sempre”, encerrou Milene.

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