Eita!

Petraglia pode ser suspenso por 180 dias por “falar demais”

A reclamação de uma falta que não teria acontecido e que originou o gol de empate em 2×2 do Cruzeiro, quarta, na Arena da Baixada, pode trazer prejuízos ao Atlético. O presidente do Furacão, Mario Celso Petraglia, reclamou veementemente do lance polêmico na saída do trio de arbitragem do gramado, e a atitude do dirigente foi relatada pelo árbitro carioca Wagner do Nascimento Magalhães.

De acordo com o relato na súmula, Petraglia afirmou que o erro da arbitragem influenciou diretamente no resultado da partida. O juiz acusou o presidente atleticano de ser irônico nas suas acusações.

“Após o término da partida, quando a equipe de arbitragem se dirigia para o vestiário, o sr, Mario Celso Petraglia, presidente da equipe do Clube Atlético Paranaense, estava esperando os árbitros na zona mista e falou de forma irônica as seguintes palavras para o árbitro: “está satisfeito com o que você fez, veio a mando de quem, vocês interferiram diretamente no resultado do jogo””, relatou o árbitro na súmula.

Pela sua conta no Twitter, que tem sido o meio de comunicação usado do presidente nos últimos dias, Petraglia confirmou que foi esperar a saída da arbitragem para protestar contra a má atuação. “Ontem não me contive novamente e fui esperar o trio da arbitragem do nosso jogo contra o Cruzeiro, lamentável o que estes Srs fizeram!. Sabemos, não jogamos bem, mas virem a serviço do sistema para prejudicar o clube que se alevanta e busca a independência é muita covardia!”, disse o mandatário rubro-negro.

Ao atacar o árbitro, o dirigente falou também sobre a Federação Carioca de Futebol (FCF), que segundo ele, é contra a volta da Copa Sul-Minas-Rio. “A voz do povo é a voz de Deus, o povão ontem revoltou-se com a arbitragem deste carioca que trabalha para a FCF que luta conta a 1a Liga!”, finalizou.

Se for denunciado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Mário Celso Petraglia poderá pegar suspensão de até 180 dias. O dirigente atleticano não é réu primário e, neste ano, foi julgado depois de afirmar na sua rede social um suposto favorecimento aos times paulistas na disputa da edição deste ano do Campeonato Brasileiro. Petraglia, no entanto, foi julgado no início de setembro e absolvido no caso.

Briga entre organizadas na eleição

A briga entre as torcidas organizadas Os Fanáticos e Ultras, do Atlético, voltou a ser tema de discussão com a prisão de três integrantes de uma das facções anteontem, depois da tentativa de homicídio a um torcedor da facção rival, após o duelo contra o Sport, na Arena da Baixada, no início de agosto. O tema está sendo tratado com cautela pelas duas alas de oposição que vão concorrer às eleições do Furacão, em dezembro, principalmente pela importância que os votos das organizadas terão no pleito.

Nas últimas eleições do clube, inclusive, Mário Celso Petraglia teve, no apoio da torcida Os Fanáticos, principal organizada do clube, um dos trunfos para vencer o pleito realizado no final de 2011. De lá pra cá, o desentendimento e as brigas entre Fanáticos e Ultras tornaram-se cada vez mais constantes, com a perda de mandos de campo do clube.

Batalha

Depois disso, o Atlético, através do presidente Mario Celso Petraglia, impediu que a Ultras entrasse nas partidas com mando do Atlético vestindo camisas da facção e portando materiais. O impasse foi parar na Justiça e a organizada tenta, via judicial, voltar a frequentar o a Arena da Baixada como acontecia até 2011.

Enquanto a Ultras deverá selar seu apoio a uma das duas alas da oposição no pleito, a Fanáticos segue neutra no processo eleitoral do clube. Judas Tadeu Mendes, um dos líderes da chapa oposicionista Democracia Atleticana, afirmou que tem a preferência da maioria da organizada ao seu lad,o. “Não temos ainda o apoio oficial, mas temos a maioria disparada ao nosso lado. Tem uma pequena ala que ainda está em dúvida, que tem afeição e laços com o Gaede (Henrique, líder da outra oposição)”, apontou Mendes. (LF com reportagem de Eduardo Luiz K.)

Gaede com cautela

Mais político, o advogado Henrique Gaede, líder da outra chapa de oposição, condenou os integrantes da Ultras que foram presos nesta semana. “Não se tratam de torcedores, mas sim de marginais. É, portanto, caso de polícia”, frisou Gaede, que prevê um acordo com as organizadas em um compromisso que atenda os dois lados. “Vamos firmar um compromisso mútuo para que a convivência seja a melhor possível e a festa dentro do estádio esteja garantida”, acrescentou.

Se a chapa Democracia Atleticana vencer o pleito atleticano, a Ultras deverá ganhar novamente seu espaço na Arena da Baixada, mas do lado oposto onde fica a Os Fanáticos. Judas Tadeu acredita que as duas facções poderão entrar em um acordo e acabar com os conflitos. “A Ultras poderia ficar lá do lado oposto, por exemplo, e a festa poderia ser dos dois lados. A própria Fanáticos disse que não é contra.. Com diálogo, podemos nos portar como civilizados”, concluiu. (LF e ELK)

Neutra

Por enquanto, a torcida organizada Os Fanáticos declara neutralidade nas eleições que escolherão o novo presidente do Atlético. O aviso foi dado ontem, através do perfil oficial no Facebook. “Somos neutros até aqui, e até as chapas se formarem de fato. Vamos escutar as propostas e opiniões de cada um, para aí eventualmente tomarmos uma posição”, explicou um dos integrantes da diretoria e diretor de material da organizada, Anderson Matheus.

O desmentido foi motivado pelas declarações de um dos coordenadores da chapa Democracia Atleticana, Judas Tadeu Mendes, que disse ter vários líderes da torcida ao seu lado, já trabalhando pela oposição. “Se ele falou isso, não condiz com a verdade. Ninguém da diretoria e dos amigos mais próximos dela está apoiando ninguém oficialmente”, reformou Matheus.

“Torcida só é lembrada nessa época de eleição. Depois que passa, generalizam e não prestamos mais”, queixou-se. (ELK)

Poder II! Veja a sempre polêmica opinião de Mafuz sobre o Atlético!

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