Nas nuvens

Estreia de Vinícius pelo Furacão foi comemorada pela família, atleticana

A estreia do meia Vinicius pelo Atlético, com o gol da vitória sobre o Fluminense na estreia da Primeira Liga, foi muito comemorada pela torcida. Porém,para a família do jogador, esta atuação teve um sabor muito especial e foi a realização de um sonho. Assim que chegou ao clube, o jogador assumiu ser atleticano desde criança. O começo com o pé direito ficou marcado em toda a família.

“Uniu o útil ao agradável. Até fui chamado a atenção pelos vizinhos no condomínio, porque quase derrubamos o prédio quando ele marcou o gol”, brincou Praxedes Barbosa, pai do meia. “Foi um momento de bastante alegria”.

Inclusive, foi por causa do pai que Vinícius se tornou atleticano. Natural de Antonina, no litoral do Paraná, Barbosa simpatizou com o Furacão ainda na época do futebol semiprofissional, quando o time da Baixada ia ao litoral jogar amistosos contra o XV de Novembro e o 29 de Maio, equipes de Antonina, entre as décadas de 1940 e 1960. Desde então, o pai de Vinícius carrega a paixão pelo clube. “A maior parte da família é atleticana. Ele teve máxima influência, principalmente minha”, reconheceu.

A trajetória de Vinicius nas arquibancadas – que fez questão de ressaltar na apresentação oficial no CT do Caju – contou não só com a colaboração do pai, mas também dos amigos. Como Barbosa ocupava boa parte de seus dias com o trabalho, não tinha grandes oportunidades de levar o menino ao estádio. Assim, Vinícius ia à antiga Baixada com colegas.

“Quando era pequeno, algumas vezes eu levei o Vinícius para a Baixada. Mas ele ia mais com os amigos. Eu trabalhava e ele ia para o campo, mas depois que começou no futsal, não dava muito tempo. Terminava o treino e ele já tinha que ir estudar”, recorda.

Começo

Já nas categorias de base do rival Paraná, o lado torcedor precisou ficar recolhido. A bandeira rubro-negra que tinha no quarto e as camisas deram espaço ao uniforme do clube que atuava. O meia subiu para o profissional no Tricolor em 2010 e ainda teve passagem por outro rival, o Coritiba, em 2012, antes de seguir a carreira no Tupi-MG, Londrina, Esportivo-RS e Anápolis-GO, antes de vingar no Náutico e depois no Fluminense, quando chamou a atenção do Furacão.

“Estrear com gol, pelo meu time do coração, contra meu ex-clube, ainda mais com a saída da maneira que foi, é muito gratificante. Fico muito feliz de estar no Atlético, meu time do coração, coisa que não escondi nem no tempo que eu jogava no Fluminense. É um grande desafio vestir a camisa do time que sou torcedor”, disse o meia.

Avaliação

A vitória na estreia da Primeira Liga deve facilitar a caminhada rubro-negra em busca da classificação à próxima fase. Se o time esperava dificuldades para chegar à semifinal por jogar duas partidas fora de casa e apenas uma em seus domínios, já que apenas o campeão de cada um dos grupos avança, além do melhor segundo colocado, o triunfo na largada, combinado com o empate entre Criciúma e Cruzeiro, deixa o Furacão na liderança do Grupo A.

Para o técnico Cristóvão Borges, o resultado diante de um time com a força demonstrada pelo Fluminense é importante para a moral do grupo, que almeja ir longe no torneio. “Iniciar uma competição desse nível, com vitória fora de casa e diante de um grande adversário, nos dá confiança. Queremos muito ter uma grande participação. Temos essa vantagem e temos que confirmar na próxima rodada”, reforçou o treinador. (Da Redação)