Explicações

Avião do Atlético: empresa e prefeitura de Chapecó divergem sobre cancelamento

Foto: Pixabay.

A companhia aérea Sideral, responsável pela aeronave fretada pelo Atlético para chegar até a cidade de Chapecó, enviou à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) um documento se pronunciando sobre o cancelamento do voo que levaria a delegação até o local da partida. O jogo entre o Furacão e a Chapecoense, válido pela 20ª rodada do Campeonato Brasileiro, aconteceria nesta quarta-feira (22), a partir das 19h30, mas foi adiado, já que o Rubro-Negro não conseguiu chegar à cidade do oeste catarinense.

Segundo explicações da Sideral, as condições meteorológicas impediram o pouso da aeronave na terça-feira (21), como inicialmente havia sido planejado, e que para as condições meteorológicas desfavoráveis, seria necessário ter auxílio à navegação por meio do sistema VOR/DME, que estava inoperante no aeroporto de Chapecó.

A solução naquele momento foi tentar o pouco em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, mas o aeroporto também não oferecia condições para o término do voo. Por isso, a opção foi retornar a Curitiba e tentar uma nova viagem nesta quarta-feira pela manhã. Porém, mais uma vez, os planos de voo foram cancelados, já que o destino, novamente apresentava condições impróprias de tráfego.

A companhia também divulgou que a aeronave PR-SDW está com todas as licenças em dia e “encontra-se totalmente segura para o referido voo”.

Em contato com a reportagem da Tribuna do Paraná, a administração do aeroporto Serafin Enoss Bertaso, que é de propriedade da prefeitura de Chapecó, rebateu a nota da Sideral, afirmando que o equipamento citado pela empresa como inoperante é “ultrapassado”, e que utiliza um sistema mais moderno, baseado em GPS para pousos e decolagens, o RNAV.

Confira a nota oficial:

No dia 21/08/2018 a aeronave que transportava o time de futebol Atlético Paranaense, voo SID9200, não efetuou o pouso neste aeroporto devido a mesma não ser homologada para pouso IFR/GNSS (Instrument Flight Rules), conjunto de regras das quais o piloto se utiliza para conduzir uma aeronave orientando-se pelos instrumentos de bordo, em vez de se orientar por referências visuais exteriores a essa aeronave (Global Navigation Satellite System) com a performance baseada em GPS.

Embora o aeroporto estando ABERTO, operando por instrumentos, no momento em que a aeronave Boeing 737 300, voo SID9200, bloqueou o aeroporto. A tripulação informou à Estação Prestadora de Serviços de Telecomunicações e de Tráfego Aéreo deste aeroporto – EPTA/SBCH, que devido ao fato de a operação para pouso estar por instrumentos, eles teriam que cancelar o pouso em Chapecó e alternar para Passo Fundo – RS, por não serem homologados para realizar o procedimento RNAV para Cabeceira nº 11 – RWY11. E assim foi o procedimento.

Chapecó, 22 de agosto de 2018

Eglon Buraseska

Superintendente Aeroportuário SBCH

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