De novo

Atlético quer torcida a favor no mata-mata da Sul-Americana

Se existisse um aparelho que fizesse esquecer do passado recente, seria a hora ideal do Atlético virar cobaia. Mas como não existe, é na base da conversa e da motivação que o Furacão vai tentar deixar de lado a péssima fase no Campeonato Brasileiro e voltar todas as atenções para a Copa Sul-Americana. Hoje, às 20h, contra o Sportivo Luqueño, do Paraguai, no Joaquim Américo, o Rubro-negro abre as quartas de final e tenta fazer uma vantagem para ser carregada para o jogo da volta, semana que vem, em Luque. O processo de “amnésia temporária” foi iniciado após a goleada imposta pelo Corinthians no domingo.

Ainda no vestiário da Arena os jogadores e o técnico Cristóvão Borges tentaram juntar os cacos porque sabem da importância da competição continental. “Cada rodada do Brasileiro dá uma lição. Esse jogo (contra o Corinthians) nos deu muitas lições. Ficamos conversando muito sobre as lições que a derrota deu para a gente. Agora precisamos aprender”, comentou o treinador, em entrevista à RPC. Cristóvão ficou bastante abatido com o rendimento rubro-negro contra o líder. Os boleiros também. “A gente precisa voltar a jogar como sempre jogou”, resumiu o volante Otávio.

Oportunidade melhor não há para levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima. Acostumado às competições internacionais, o torcedor atleticano é mais compreensivo em jogos como o desta noite. E a atmosfera de pressão, citada pelos jogadores e pelo técnico ainda no domingo, deve ser mudada para um ambiente de incentivo. “O torcedor do Atlético sabe como é importante vencer em casa esse tipo de jogo. Por isso tenho certeza que eles vão nos apoiar desde o primeiro momento”, disse Otávio. “O torcedor é nosso ar, precisamos muito dele”, completou Cristóvão.

Pressão

Jogando a partida de ida em casa, o Atlético terá um foco semelhante à fase anterior da Sul-Americana. Contra o Brasília, mesmo a má atuação não afetou a importância da vitória na Arena por 1×0 – que fez o Furacão levar uma boa vantagem para a decisão no Mané Garrincha. Vencer e não sofrer gols é a receita para hoje também. “Sempre fomos uma equipe agressiva, de marcação desde o campo de ataque. Se voltarmos a fazer isso, vamos conseguir jogar bem e vencer, que é nosso objetivo”, afirmou Otávio.

Se isso não acontecer, todos sabem que a torcida vai cobrar. E, segundo Cristóvão Borges, a galera está no seu direito. “Estamos numa situação difícil no Brasileiro, estamos pressionados. Temos que saber conviver com essa situação de cobrança e pressão, mas temos capacidade de reação”, garantiu o treinador rubro-negro.