Poucas lesões

Atlético escapa quase ileso de maratona de jogos

Pela primeira vez em 2016 o desgaste físico chamou a atenção no Atlético durante uma partida. Na vitória por 1×0 sobre o América-MG, no último sábado, quatro jogadores deixaram o campo com lesões, algumas delas até preocupam para as próximas rodadas.

O primeiro deles foi o zagueiro Thiago Heleno, que precisou ser substituído aos 29 minutos do segundo tempo reclamando de dores na coxa. Já no final da partida, o zagueiro Marcão, substituto de Thiago Heleno, e os meias Nikão e Giovanny mal conseguiam correr em campo e só não saíram mais cedo porque as três substituições já tinham sido realizadas.

“O Giovanny foi uma coisa mais séria mesmo, o Marcão parece que foi um pisão e o Nikão foi mais o desgaste muscular, mas nada demais. O Thiago Heleno, que saiu, também preocupa. Ele saiu para não agravar qualquer situação. É um jogador que tem uma carga enorme de jogos e é importante”, disse o técnico Paulo Autuori. Desta forma, Thiago Heleno e Giovanny passam a ser dúvidas para o confronto com o Cruzeiro, segunda-feira que vem, no Mineirão.

Em um dos últimos lances do confronto com o Coelho, Nikão arrancou, driblou três marcadores e não chutou, por não ter força na perna para finalizar. Quando a jogada acabou, com cobrança de escanteio para o Furacão, o camisa 11 ficou mancando na área. Mas ele mesmo fez questão de destacar que foi apenas o cansaço.

“Um pouco de cansaço. Pelo fato de termos que propor o jogo, eles marcaram atrás da linha do meio, isso acaba exigindo um pouco mais da gente. Mas foi só um cansaço, nada demais”, disse o meia.

Mas pode se dizer que o Atlético passou quase intacto nesta maratona de sete jogos em menos de um mês. Aliás, o cansaço muscular pouco vem atrapalhando o time neste ano. Muito por conta das mudanças que Autuori vem fazendo rodada após rodada, numa maneira de ‘driblar’ a maratona de jogos no Brasileirão. Até aqui, apenas os zagueiros Paulo André e Thiago Heleno ficaram no departamento médico por lesões musculares. Outros foram apenas poupados uma ou outra partida, justamente para evitar que um desconforto se transformasse em lesão.

“Temos que agradecer ao Paulo (Autuori), senão estaria pior. Com essas mudanças dele todo mundo entra e o time continua com a mesma pegada. Nós não tivemos problemas de lesão e a comissão técnica sabe a hora de colocar e tirar o jogador”, afirmou o atacante Walter.

E o fato de evitar as lesões talvez seja o grande trunfo do treinador para que o elenco aceitasse este rodízio. Se antes ele poderia encontrar uma rejeição por parte dos jogadores por serem poupados com frequência, o fato de a grande maioria estar à disposição se torna favorável às ideias do comandante atleticano.

“Encaro com naturalidade esta situação. Eu sou transparente com os jogadores. Eu falo pra eles que amanhã, quando eu sair do futebol, quero encontrar eles na rua, olhar nos olhos, tomar um café. Assim que tem que gerir pessoas”, completou ele.

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