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Análise: Atlético adianta marcação, mas morre pela boca

Um Atlético corajoso. Foi isso que se viu no Mineirão nesta noite de quarta-feira. Bastava um empate para o Furacão confirmar a classificação para a semifinal da Primeira Liga sem depender de resultados. Mas o Rubro-Negro queria mais. Queria a vitória para confirmar o primeiro lugar geral e a vantagem na próxima fase. Até por isso, o time não teve medo de atacar.

Claramente se via uma forte marcação avançada. Armado no 4-2-3-1, o Rubro-Negro jogava com seus volantes adiantados. Por muitas vezes Deivid e Otávio estavam quase na entrada da área do Cruzeiro para desmarcar o adversário e, assim, pressionar em busca do gol. Na frente, Nikão foi importante taticamente, sempre aparecendo na criação das jogadas.

A ideia deu certo curiosamente até sair o gol atleticano, com Pablo. Em desvantagem, os reservas do Cruzeiro cresceram no jogo e passaram a usar justamente o ponto fraco do esquema utilizado por Bruno Pivetti.

Ao mesmo tempo em que pressionava no campo ofensivo, o Rubro-Negro permitia que a Raposa puxasse os contra-ataques com muita liberdade, dando trabalho para Paulo André e Vilches, que fizeram o que podiam. A formação era muito semelhante à apresentada diante do Londrina, no final de semana. As mesmas virtudes e os mesmos defeitos. A partir desta sexta-feira, caberá ao técnico Paulo Autuori corrigir estas falhas de posicionamento e, ao mesmo tempo, fazer com que a bola chegue mais ao ataque.

Mesmo com um meio-campo de certa forma ofensivo, foram poucas as chances de gols criadas pelo Atlético em Belo Horizonte. Tanto que o gol saiu quando Walter deixou a área, puxando a marcação para si e dando espaço para Pablo sair em velocidade. Agora, é esperar o que o novo treinador fará para mudar esta postura de numeroso no ataque, mas impotente.