A paz entre torcida e time pode ter sido selada ontem, após uma vitória de virada sobre o Botafogo por 3 a 2. Afinal depois de muito tempo, o time apresentou no 2.º tempo aquilo que a torcida estava esperando: garra e disposição.
No 1º, aquele velho Atlético, apático e errando muito. Na etapa final, um time vibrante e partindo pra cima. Com isso, a equipe ganhou a torcida e tudo ficou mais fácil. Méritos também para Paulo César Carpegiani, que mesmo sem conhecer muito o elenco, ousou nas substituições e foi premiado.
Agora o Furacão vai embalado para enfrentar o Vitória no próximo sábado.
Jogo
O Atlético entrou em campo com uma formação cautelosa, com três zagueiros e dois volantes. A intenção era não sofrer gols no início para diminuir a pressão. No entanto, a estratégia naufragou já aos 11 minutos. No primeiro ataque do Botafogo a zaga falhou e Herrera marcou.
A desvantagem mexeu emocionalmente com o time rubro-negro que errou muito e não conseguia trocar passes. Para tentar acabar com a apatia, O técnico Carpegiani tirou o zagueiro Leandro e colocou Branquinho.
Porém nem deu tempo do Atlético atacar e o segundo gol do Botafogo aconteceu. Aos 24, Edno passou para Lúcio Flávio que driblou Rhodolfo e fuzilou o goleiro Neto.
Debaixo de vaias e protestos, o Atlético diminuiu num bonito lance. O estreante Maikon Leite encontrou Paulo Baier na entrada da área, que deslocou o goleiro Jefferson – 2 a 1.
Na saída para o intervalo, o capitão Baier comentou que o nervosismo e a pressa estavam atrapalhando. “Não pode descuidar. Dois erros e dois gols. Precisamos de mais atenção, comentou Rhodolfo.
Virada
O começo do 2.º tempo não poderia ser melhor para o time da casa. Aos 3, Paulo Baier cobra com perfeição uma falta e empata. Dez minutos depois a virada que enlouqueceu o torcedor. Alex Mineiro, que acabara de entrar, arrematou fraco. Porém a bola desviou em Fábio Ferreira e matou o goleiro Jefferson: 3 a 2. A partir daí, o clima na Baixada mudou radicalmente. A torcida que vaiava passou a gritar e empurrar o time. E as chances para matar o jogo foram criadas, principalmente porque o Botafogo passou a jogar com 10 jogadores com a expulsão de Fahel.
O jogo continuou tenso e mais dois jogadores foram expulsos: Welington pelo Fogo e Diniz pelo Furacão. No final o time saiu de campo aplaudido.