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O Atlético entra em campo hoje para provar que as coisas melhoraram ou que uma mudança radical terá que ser feita em sua estrutura interna. Uma vitória retarda alterações mais profundas, mas uma derrota desencadeará uma reformulação que deverá limar a comissão técnica e científica.
O adversário é a Portuguesa, que traz boas lembranças para o clube. No ano passado, o Rubro-Negro começou a reação no Campeonato Brasileiro vencendo a gloriosa e esse apelo, quase místico, tem sido usado como fator de motivação para os jogadores.
A partida está marcada para as 16 horas, no Canindé, e marca a estréia do zagueiro Gustavo como titular e de Wellington Paulo na competição. A presença deste último é a carta na manga do técnico Gílson Nunes. O treinador adotou o esquema com três zagueiros para este jogo e, com isso, lança mão do que deu certo no ano passado para tentar salvar seu pescoço. Em duas partidas dirigindo o Furacão, Nunes não foi além de seu antecessor (Valdyr Espinosa). Conseguiu um empate e uma derrota em casa. Saiu de campo tão vaiado como era Espinosa.
“Eu mantive o 4-4-2 mas percebi que os laterais mudaram sua performance. Jogando com os três zagueiros eles terão mais liberdade para o ataque”, explica. Essa mudança não garante o melhor rendimento. Nunes também está trabalhando a cabeça dos jogadores, que não anda nada boa. “Estou conversando com eles e tentando concientizar eles de que são ótimos jogadores”, revela. O trabalho psicológico também está sendo feito pelo diretor de futebol Antônio Clemente e até pela alta direção.
Numa tentativa de salvar o barco do naufrágio, até o presidente Mário Celso Petraglia foi ao CT do Caju para “lembrar” ao grupo de atletas que eles são campeões. Os jogadores mostraram contentamento pelo reconhecimento do “chefe” e prometem mudar essa situação. A leitura, no entanto, de tudo o que aconteceu na semana sairá na partida de hoje. Um futebol vistoso mostrará que o Atlético poderá voltar ao seu rumo natural, mas uma partida apática dará a deixa para a direção tomar as providências que são necessárias.
Time
Além da presença de Gustavo e Wellington Paulo, o time terá as voltas de Douglas Silva e Dagoberto. As ausências são o zagueiro Rogério Correia e o volante Cocito, que cumprirão suspensão automática, e o atacante Kléber, que está machucado.
Lusa com desfalques
(Lancepress!) – A Portuguesa começou o campeonato brasileiro como uma das equipes que luatvam para fugir do rebaixamento. Mas o início de campanha foi positivo, ficando entre os oito primeiros colocados. Só que o time de Edu Marangon caiu depois de maus resultados. No meio da semana e a Lusa cedeu um empate de 1 a 1, nos últimos minutos de jogo, em Caxias do Sul. E, para a partida de hoje, contra o Atlético, a equipe mais uma vez sofre com jogadores suspensos.
No ranking dos times mais indisciplinados do torneio, a Lusa lidera com 10 cartões vermelhos e 63 amarelos em 16 jogos. O segundo colocado, o Vitória, está bem atrás: sete vermelhos e 43 amarelos. “Nosso forte é a pegada. Mas os árbitros têm interpretado isso como violência. Aí fica difícil”, diz o atacante Alex Alves.
Na quarta-feira, contra o Juventude, a Portuguesa, que tinha quatro desfalques justamente por suspensão, recebeu sete cartões amarelos e um vermelho (Lelo). E, para o jogo contra o Atlético-PR, no Canindé, a Portuguesa terá, além de Lelo, mais três jogadores suspensos: Alex Alves, Júlio e Ricardo Oliveira.