Atlético relembra conquista do Brasileirão de 2001

23 de dezembro é uma data importante e de muita comemoração para qualquer rubro-negro. Afinal de contas, neste dia, há exatos oito anos, o Atlético conquistava o seu primeiro e único título de Campeão Brasileiro da Série A.

O jogo decisivo foi disputado no Estádio Anacleto Campanella, em São Caetano do Sul. E, naquela ocasião, o Brasil teve que reverenciar a força do Furacão, que venceu o Azulão por 1 a 0, após ter derrotado o mesmo adversário no jogo de ida na Arena da Baixada (4 a 2). O Campeonato Brasileiro de 2001 foi decidido no estilo mata-mata, bem diferente da fórmula por pontos corridos que vigora atualmente.

A campanha rubro-negra foi ótima. Em 31 jogos foram 19 vitórias, sendo 12 em casa e sete fora. Também conquistou seis empates e seis derrotas. E o Caldeirão fez a diferença. Na Arena, o time perdeu apenas uma vez em todo o Brasileirão.

Heróis

Uma das principais figuras daquele elenco foi Alex Mineiro, jogador que surpreendeu com sua performance e gols decisivos na reta final da competição. Ele voltou ao Atlético para a temporada de 2009, depois de se consagrar no Palmeiras (2008), mas não conseguiu repetir as grandes atuações que marcaram a mente dos torcedores rubro-negros.

Em 2010, o atacante terá mais uma oportunidade de consolidar a imagem de ídolo e de artilheiro.  Bem diferente da má fase vivida por Alex está Kleberson. Campeão brasileiro pelo Atlético em 2001, o “Xaropinho” tornou-se bi nesta temporada com a camisa do Flamengo.

Outra peça fundamental naquela conquista foi Kleber Pereira, companheiro de ataque de Alex Mineiro. Atualmente o “Incendiário da Baixada” está sem clube e é pretendido pelo Cruzeiro, após uma fase destacada no Santos onde tornou-se o maior goleador do clube em campeonatos brasileiros.

O ala-direita Alessandro viveu a melhor fase da carreira no Furacão, chegando a vestir a camisa da Seleção Brasileira. Atualmente defende o Botafogo (RJ), mas tem forte ligação com o clube paranaense, principalmente devido à esposa que é curitibana.

Com o término do Brasileirão 2009, Alessandro voltou ao CT do Caju onde está realizando tratamento médico no Cecap. O ala-esquerdo era o jovem Fabiano, que atua na Itália há vários anos.

O capitão daquele Atlético campeão brasileiro foi o zagueiro Nem, que em 2010 defenderá o Rio Branco de Paranaguá, retornando ao futebol profissional após uma rápida passagem pelo amador de Curitiba. Os demais defensores do sistema 3-5-2 eram Gustavo e Rogério Corrêa, que andam meio sumidos.

A última equipe defendida por Gustavo foi o Boa Vista(RJ) e Rogério esteve no Joinville(SC). O reserva imediato, Igor, ganhou experiência e tornou-se um dos principais jogadores do Sport(PE).

Inclusive disputou a Libertadores no 1.º semestre deste ano, mas terminou a temporada caindo à Série B. O guerreiro Cocito rodou por vários clubes e em 2009 defendeu o Vila Nova de Goiás, na Série B.

O incansável Adriano Gabiru viu sua carreira virar uma montanha-russa. Após o título brasileiro, ele foi jogar na França e voltou ao Brasil. Atuou por diversas equipes, mas nunca se firmou.

Porém entrou na história de outro clube nacional ao marcar o gol do título mundial do Internacional(RS) diante do Barcelona, da Espanha, em 2006. Depois caiu no ostracismo e nesta última temporada participou do elenco do Guarani que retornou à elite do futebol nacional.

O meia Souza, que dava o toque de classe ao Rubro-Negro, defende o América(RN) e tornou-se ídolo por lá também. Inclusive, no final desta temporada, ocorreu em Natal, capital de Rio Grande do Norte, uma partida beneficente envolvendo os dois atleticanos de diferentes gerações: Amigos de Souza x Amigos de Wallyson. Ao final deste jogo Souza foi homenageado pelo amigo mais novo com uma flâmula alusiva ao título de campeão brasileiro pelo Furacão.

E para encerrar a escalação dos principais jogadores da equipe de 2001, aquele que foi a muralha rubro-negra impedindo gols adversários com sua técnica e agilidade.

O goleiro Flávio, que fez história no Atlético, acabou de renovar contra,to com o América(MG) até o final de 2010. O camisa 1 ajudou o time mineiro a vencer a Série C e disputará novamente a Série B.

Comissão

O técnico Geninho, eterno ídolo do Atlético ao comandar o elenco em 2001, não conseguiu salvar o Náutico(PE) da zona do rebaixamento em 2009 e caiu para a 2.ª Divisão. Já o preparador físico Riva Carli e o massagista Bolinha estão no Furacão, com presença garantida para a temporada 2010.

Quanto aos mandatários influentes da época, os ex-presidentes Marcus Coelho, Ademir Adur e Mário Celso Petraglia são atualmente ilustres torcedores do Rubro-Negro da Baixada.

Átila Alberti
A capa da Tribuna colocou o Rubro-Negro no CÉU!