Atlético estende suas ações por países da América

?El Paranaense? prepara-se para expandir seus tentáculos pelo continente americano. Nos últimos dois anos, o Atlético percorreu diversos países das Américas do Sul, Central e do Norte em busca de parcerias com clubes e fábricas de talentos da bola. O plano para 2007 é aplicar na prática os contatos, com trocas de jogadores e experiência.

O encarregado das andanças pelo continente foi Borba Filho, que desde o início de 2005 deixou em segundo plano as funções de assistente e ?espião? de adversários. O ex-técnico fez seu ?Diário de Motocicleta? particular e percorreu Argentina, Uruguai, Paraguai, Colômbia, Chile, Equador, Venezuela, Bolívia, Costa Rica e México, entre outros, para manter os contatos iniciais.

Alguns acordos foram praticamente firmados, segundo Borba, que prefere ainda não revelar os nomes dos parceiros. O principal critério não é a fama do clube, mas sua capacidade de formar talentos.

?Na Argentina, por exemplo, conversamos com um time que disputa algo como a 3.ª divisão, mas tem estrutura impressionante, com estádio e nove campos de treinamento?, contou.

A parceria com o FC Dallas, (EUA), firmada em setembro, foi o pontapé inicial, segundo Borba.

O projeto prevê ações conjuntas de futebol, marketing e entretenimento com os norte-americanos, como empréstimos de jogadores, intercâmbio de treinadores, trocas de experiências sobre política de venda de ingressos, captação de direitos de transmissão e gestão financeira e administrativa.

Com os latino-americanos, o Furacão pretende concentrar as ações no futebol. Assim, jovens talentos oriundos dos parceiros seriam trocados por jogadores em disponibilidade no elenco rubro-negro, entre outras interações. ?Na pior das hipóteses, nossos atletas ganham vivência lá fora.

Se amanhã ou depois forem negociados, não sofrem tanto com a adaptação?, diz.

A aproximação com os ?gringos? teve auxílio providencial da campanha da Libertadores do ano passado. A participação na final trouxe respaldo ao projeto e a notoriedade internacional que faltava ao Furacão. ?Não cultuamos o vice, mas eles dão muito valor. Hoje todos conhecem El Paranaense?, conta Borba, que ainda aproveitou as viagens para observas atletas – ele indicou, por exemplo, a contratação do colombiano Ferreira após assistir a jogos do América de Cali.

O planejamento reservou para o ano que agora começa a aplicação dos contatos.

?O mercado está aberto.

Há organizações de vários países preparadas para receber os benefícios destes convênios. A partir de 2007, o intercâmbio começa efetivamente?, falou o desbravador de fronteiras.

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