Atlético diminui gasto com folha de pagamento

O zagueiro Gustavo Lazzaretti, 25 anos, é outro atleta a deixar o Atlético nesta temporada. Ele foi emprestado por um ano ao Vitória de Guimarães, de Portugal. A transação está estampada na página do site oficial do clube lusitano.

Além de Gustavo, o clube europeu contratou outro defensor brasileiro – Thiago, do Corinthians Paranaense (ex-Jotinha). Gustavo, que vinha perdendo espaço no elenco, é mais um dentre os quase 30 atletas emprestados pelo Atlético somente nesse primeiro semestre.

A intenção da diretoria é baixar custos com folha de pagamento e angariar recursos, já que está difícil vender jogadores. Dentre as transações realizadas neste ano, destaque para os empréstimos de Alan Bahia para o Vissel Kobe (Japão); Ferreira para o Dallas (EUA); Pedro Oldoni para o Valladolid (ESP); Ricardinho para o Jeju United (Coréia do Sul); Danilo para o Palmeiras e Douglas para o Flamengo.

Nessas negociações, o Furacão arrecadou um valor razoável (quadro), mas muito longe do que representaria a venda de jogadores para o exterior e que geraria os recursos tão esperados para o departamento de futebol.

Fontes

A transferência de atletas é primordial para as finanças do clube, já que nos últimos anos essa prática se constituiu na principal fonte de renda do Atlético.

Infelizmente, desde 2005, nesse quesito, os ganhos reduziram drasticamente.

Em 2008, a receita com transferência de jogadores foi pouco superior a R$ 13 milhões. Em 2005, alcançou R$ 33 milhões. Sem contar com um patrocinador master há mais de um ano, o Rubro-Negro tem como fontes mantenedoras do clube a cota paga pela televisão e a quantia desembolsada mensalmente pelos seus associados. Basicamente é com esses recursos que a diretoria tem tentado montar equipes.

A prova contundente das dificuldades enfrentadas para se administrar o clube foi dada no mês passado com a divulgação do balanço patrimonial. O demonstrativo (2008) indica um déficit de R$ 18 milhões.

Recursos

A venda de jogadores está diretamente relacionada ao rendimento da equipe nos campeonatos que disputa. Como o Atlético tem feito campanhas pífias nos últimos anos, poucos jogadores têm despertado o interesse de fortes clubes estrangeiros – aqueles com dinheiro para efetuar transações.

As escassas vendas resultam em pouco dinheiro em caixa e baixo investimento no futebol. É um ciclo que somente boas apresentações em campo podem reverter.